Mais um massacre contra uma igreja cristã em plena celebração
Nove pessoas morreram e 30 ficaram feridas num ataque contra uma igreja metodista da cidade de Quetta, no oeste do Paquistão. O atentado foi cometido no início de uma celebração religiosa de preparação para o Natal.
Os extremistas não hesitaram em alvejar mulheres e crianças num ato premeditado para gerar pânico em uma das épocas mais importantes do cristianismo. Dois homens-bomba seriam os executores da selvageria. Um deles foi morto pelas forças de segurança na porta da igreja, mas o outro conseguiu detonar seu artefato explosivo dentro do templo, bradando o habitual grito de louvor a Alá que se tornou uma bizarra e contraditória “marca registrada” dos terroristas.
O presidente da Associação Cristã Paquistanesa-Britânica, Wilson Chowdhry, declarou:
“Já escrevemos várias solicitações pedindo mais proteção para os cristãos no Natal. Chegamos inclusive a sugerir que Quetta seria o alvo principal, devido aos recentes padrões terroristas. Até agora, as nossas solicitações têm sido ignoradas. Várias igrejas se queixaram de que não foram implementadas medidas de segurança adicionais para protegê-las. A Alta Comissão nem sequer reconheceu a nossa comunicação por escrito.
A resposta rápida das forças de segurança na igreja reduziu o impacto deste ataque, mas isso não alivia a ansiedade que afeta os cristãos. Os cristãos claramente precisam de mais proteção, já que dois ataques contra igrejas em dois meses estão virando um incidente comum”.
Quetta é uma das localidades mais conflituosas do Paquistão, com grupos armados separatistas, facções dos talibãs e grupos jihadistas.
Os ataques contra minorias religiosas em toda a província são frequentes. Em outubro, ao menos 18 pessoas foram mortas e 25 feridas num atentado suicida com bomba dentro de um templo sufista.
O Paquistão tem maioria muçulmana sunita. Os cristãos são menos de 4 milhões de pessoas, numa população de quase 200 milhões.
Esse país é manchete constante mundo afora por conta da sua obtusa legislação anti-blasfêmia, de matiz islamista e claramente manipulada para perseguir, prender e executar pessoas, inclusive muçulmanas, usando a desculpa da suposta blasfêmia sem que sequer haja provas. O caso de maior repercussão mundial é o da católica Asia Bibi, presa há mais de 3.000 dias no corredor da morte, em condições desumanas, sob alegações de blasfêmias que nunca foram reconhecidas pela comunidade internacional:
Fonte: Aleteia