O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, concedeu sua segunda coletiva de imprensa em terras cubanas.
Mesmo sem discursos públicos previstos, o dia de Bento XVI foi intenso, com um momento, em especial, que permanecerá na memória dos cubanos: a imagem do Pontífice que reza no Santuário Nacional da Virgem da Caridade do Cobre. Este foi o momento central, a razão de sua viagem, disse o sacerdote jesuíta.
Outro momento que comoveu o Papa foi o encontro, no Seminário S. Basílio Magno, em Santiago de Cuba, com cerca de 10 missionárias de Madre Teresa de Calcutá. Quando consagradas, elas recebem a tarefa de rezar, todos os dias, por um sacerdote. E neste encontro estava presente a indiana que há 20 anos reza pessoalmente por aquele que, na época, era somente o Card. Ratzinger. O Papa estava comovido de encontrar essa pessoa que reza por ele.
Já em Havana, destaque para a visita de cortesia ao Presidente Raúl Castro. O encontro durou cerca de 40 minutos, considerando que havia intérpretes. Pe. Lombardi ressaltou a importância do encontro pessoal um momento cordial e sereno. Temas da conversa foram a situação do povo cubano e as expectativas da Igreja para continuar contribuindo para o crescimento da nação.
Um pedido especial foi feito a Castro: a possibilidade do reconhecimento por parte do governo da Sexta-feira Santa como feriado assim como, 14 anos atrás, João Paulo II fez o mesmo pedido em relação ao dia do Natal, e foi atendido. Destaque também para as temáticas de caráter humanitário debatidas, mas Pe. Lombardi não tinha detalhes a respeito.
Fazendo um balanço da viagem no final deste segundo dia, o sacerdote jesuíta declarou que transcorre muito positivamente. A seguir, os jornalistas perguntaram temas variados: o possível encontro com Fidel possível, mas sem confirmações; o embargo (sobre o qual a Santa Sé já se declarou contrária); e se o Papa receberá as Damas de Branco. A propósito, Pe. Lombardi disse que a mensagem foi passada ao Pontífice e que ele está ciente da questão.