Papa concedeu entrevista a revista publicada pelos jesuítas desde 1850.
Francisco falou de suas paixões, temperamento e personalidade.
Em uma longa entrevista sobre o pontificado, o Papa Francisco criticou a obsessão da Igreja Católica com o aborto, o casamento gay e a contracepção.
Em entrevista corajosa à revista La Civiltá Católica, publicada pelos jesuítas desde 1850, Francisco defendeu que a Igreja deve ser uma casa para todos, não uma capela concentrada na ortodoxia e em uma agenda limitada de ensinamentos morais.
Pode parecer uma revolução principalmente depois do papado de Bento 16, que preferia um número reduzido de fieis que seguissem com rigor os dogmas da igreja. Os comentários do Papa Francisco não rompem com a doutrina católica, apenas mostram uma nova abordagem.
Em 29 páginas de entrevista, o Papa Francisco falou um pouco das suas paixões, temperamento e personalidade. Ele afirmou que moral e dogma não devem ser impostos de forma obsessiva, mas que a mensagem missionária tem que se concentrar no essencial.
Para o Papa Francisco, a proclamação do amor salvador de Deus vem antes de imposições morais e religiosas. Ele declarou ainda que a Igreja Católica não deve interferir espiritualmente na vida de gays e lésbicas. O Papa também propôs um papel maior para as mulheres nas decisões da Igreja.
Fonte: Portal G1
Local: São Paulo (SP)
