Papa aos luteranos: nunca mais rivais, o futuro é a comunhão

Cidade do Vaticano (RV) – Entre as inúmeras audiências desta quinta-feira, o Papa Francisco recebeu no Vaticano a presidência da Federação Luterana Mundial.

 

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À delegação, liderada pelo Secretário-Geral Dr. Musa Filibus, o Papa dirigiu um discurso ressaltando os momentos que marcaram ecumenicamente o Ano da Comemoração da Reforma, que acaba de ser concluído.

De modo especial, Francisco recordou sua visita a Lund, na Suécia, em outubro de 2016, quando se rezou juntos para que da graça de Deus brote e floresça o dom da unidade entre os fiéis.

“Somente rezando podemos custodiar uns aos outros. A oração purifica, fortifica, ilumina o caminho, faz ir avante. A oração é como o combustível da nossa viagem rumo à plena unidade.”

Reconhecendo-nos irmãos, disse o Papa, podemos olhar para a história passada e agradecer a Deus porque as divisões dolorosas confluíram, nas últimas décadas, num caminho de comunhão, no caminho ecumênico suscitado pelo Espírito Santo. Este caminho nos levou a abandonar antigos preconceitos, como aqueles sobre Lutero e a situação da Igreja naquele período.

Por isso, Francisco enalteceu o diálogo entre a Federação Luterana Mundial e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos:

“Com a memória purificada, hoje podemos olhar com confiança para o futuro. Nunca mais poderemos nos permitir ser adversários ou rivais. Se o passado não pode ser mudado, o futuro nos interpela: não podemos nos subtrair, agora, da busca e da promoção de uma maior comunhão na caridade e na fé.”

Francisco pediu ainda vigilância diante da tentação de parar no meio do caminho. O impulso para prosseguir pode vir de duas frentes: a caridade e o martírio. Os pobres são “indicadores preciosos” do caminho, que nos chamam a tocar suas feridas com a força restauradora da presença de Jesus.

Já quem sofre de modo heroico para testemunhar de Cristo nos impele a uma fraternidade sempre mais real.

“Querido irmão, invoco de coração todas as bênçãos de Deus e peço ao Espírito Santo, que une aquilo que está dividido, de efundir sobre nós a sua sabedoria mansa e corajosa.”

 

Fonte: Rádio Vaticano

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