Papa: a música também é um canal de fraternidade e paz

O Papa Francisco concluiu suas atividades, na manhã desta sexta-feira (13/12), no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina, os organizadores e artistas do “Concerto de Natal”, que se realizará amanhã, sábado (14/12) na Sala Paulo VI.

Manuel Tavares – Cidade do Vaticano

O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã desta sexta-feira (14/12), no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina, cerca de 180 organizadores e artistas do “Concerto de Natal”, que se realizará amanhã, sábado (14/12) na Sala Paulo VI.

Este Concerto de Natal, no Vaticano, que chegou às sua 27ª edição, é promovido pela Congregação para a Educação Católica em prol da salvaguarda da Amazônia e dos povos indígenas, das Missões “Dom Bosco Valdocco” e da Pontifícia Fundação “Scholas Occurrentes”.

Desejo do coração

Após a sua saudação aos numerosos organizadores e artistas, o Papa refletiu sobre o tempo em preparação ao Natal do Senhor, partindo das seguintes perguntas: “Quais as expectativas da nossa vida? Qual o grande desejo do nosso coração?” E respondeu:

“Com os seus cantos, vocês fazem emergir ou reemergir esta “tensão” saudável e humana nas almas de tantas pessoas. Afinal, é Deus quem coloca este desejo, esta “sede” em nossos corações. Ele vem ao nosso encontro na nossa caminhada, onde há fome e sede de paz, justiça, liberdade, amor”

Este ano, nas sendas de Francisco de Assis, o Papa repropôs o presépio como sinal simples e admirável do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Do presépio emerge evidente a mensagem do próprio Deus, que inicia a sua única e verdadeira revolução para dar esperança e dignidade aos deserdados e marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura.

“Do presépio, Jesus proclama, com poder moderado, o apelo para compartilhar com os últimos aquela meta de um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém mais seja excluído e marginalizado. Estamos diante de um mistério desconcertante, em sua humildade”

Beleza e verdade

Isto vale ainda mais para vocês, disse Francisco aos artistas e cantores, que trabalham em íntimo contato com os jovens e exercem certa influência no seu modo de pensar e agir. O mundo “precisa de beleza para não cair no desespero”. A beleza e a verdade proporcionam alegria aos corações dos homens. E o Papa exortou:

“Por isso, todos somos chamados a construir uma “aldeia global da educação”, onde, quem ali mora, gera uma rede de relações humanas, que são o melhor remédio contra todas as formas de discriminação e isolamento. Nesta aldeia, a educação e a arte se encontram através da linguagem da música e da poesia, da pintura e da escultura, do teatro e do cinema”

Todas essas expressões da criatividade humana, afirmou Francisco, podem ser “canais” de fraternidade e paz entre os povos da família humana, bem como de diálogo entre religiões.

Aqui, o Santo Padre agradeceu aos Salesianos e às “Scholas Occurrentes” pelos seus projetos em prol da Amazônia, em espírito de serviço.

O Papa concluiu seu discurso aos presentes, fazendo votos de que seus corações possam se tornar mais tenros, diante do mistério do Natal.

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