Andressa Collet – Vatican News
As celebrações em homenagem aos 34 novos recrutas da Guarda Suíça começaram ainda na quarta-feira (5) com uma programação que vai culminar com a cerimônia do juramento no final da tarde desta quinta-feira (6) no Pátio São Dâmaso, no Vaticano. O evento está marcado para às 17h na Itália (12h no horário de Brasília), sem público externo devido às restrições da pandemia, mas novamente transmitido on-line – e com comentários em português – pelo site oficial da Guarda Suíça. A data é histórica porque recorda a memória de 147 soldados que perderam a vida em defesa do Papa Clemente VII, durante a invasão e o saque a Roma pelos bárbaros, em 1527.
A audiência com o Papa
Na audiência especial com o Papa na Sala Clementina, no final da manhã desta quinta-feira (6), Francisco se dirigiu a familiares, oficiais e membros do menor e mais antigo exército do mundo, fundado pelo Papa Júlio II em 1506, enaltecendo que “os lugares onde os novos recrutas são chamados a servir estão carregados de história”. De fato, com a finalidade primordial de prestar serviço ao Papa sendo responsáveis pela sua segurança pessoal, os soldados são encarregados de vigiar as entradas do Vaticano, participar das cerimônias oficiais e visitas de Estado, além de custodiar o Colégio Cardinalício durante a Sé Vacante.
Desde a criação da Guarda Suíça, “muitos jovens realizaram com empenho e fidelidade aquela peculiar missão” que continuam desempenhando até hoje: “alguns chegaram ao ponto de sacrificar a própria vida para defender o Papa”, lembrou Francisco. Além disso, o Pontífice falou do apreço pelos jovens que optam “por dedicar alguns anos de suas vidas no generoso serviço ao Sucessor de Pedro e à comunidade eclesial”.
A Guarda Suíça e os peregrinos
O Papa Francisco também disse apreciar a “capacidade de combinar os aspectos profissionais e aqueles espirituais, expressando assim a devoção e fidelidade à Sé Apostólica”. O desejo, enfim, do Pontífice para que os novos recrutas aproveitem o novo período dentro da Guarda Suíça para aprofundar “a fé e um amor ainda mais forte pela Igreja”, refletidos no contato com os turistas que chegam no Vaticano: