Cidade do Vaticano (RV) – Antes de partir para Fátima, o Papa recebeu os participantes do Congresso promovido pelo Observatório Astronômico, a Specola Vaticana.
No evento, foram debatidos temas como o início do universo e a sua sucessiva evolução, a estrutura do espaço e do tempo. Temas que – segundo o Papa – interpelam profundamente a nossa consciência e que confluem numa “arena”, pois envolvem campos diferentes, como a ciência, a filosofia, a teologia e também a vida espiritual.
Na imensidão espaço-temporal do universo, disse Francisco em sua saudação, “nós seres humanos podemos experimentar um sentimento de estupor e experimentar a nossa pequenez, enquanto emerge no nosso ânimo a pergunta do salmista: ‘que é um mortal, para dele te lembrares, e um filho de Adão, que venhas visitá-lo?’ (Sal 8,5)”.
Caos x sabedoria divina
O Pontífice citou ainda Albert Einstein, que dizia que o eterno mistério do mundo é a sua compreensibilidade. “A existência e a inteligibilidade não são fruto do caos ou do caso, mas da sabedoria divina”, afirmou Francisco.
“Jamais se deve ter medo da verdade”, concluiu o Papa encorajando o trabalho dos cientistas. “Caminhando rumo às periferias do conhecimento humano, pode-se realmente fazer uma experiência autêntica do Senhor, que é capaz de preencher o nosso coração.”
Congresso
De 9 a 12 de maio, a convite da Specola Vaticana os cientistas debateram em Castel Gandolfo o tema: “Buracos Negros, Ondas Gravitacionais e Singularidade do Espaço-Tempo”.
De modo especial, o evento celebrou a herança científica do cosmólogo e sacerdote belga Mons. Georges Lemaître, considerado o pai da teoria do Big-Bang e ex-diretor da Pontifícia Academia das Ciências de 1960 a 1966, ano de sua morte.
Fonte: Rádio Vaticano