Palmas (TO) sedia 1ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

“Ninguém perde, mas todos ganham. Não há medalhas. Eles só querem mostrar ao mundo que se vivêssemos como os índios muitos coisas ruins não aconteceriam”, afirma dom Pedro Brito

Diversas modalidades esportivas estão na programação da 1ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, entre elas o futebol. Serão cerca de cem partidas durante os nove dias do evento, que inicia hoje, 23, no Estádio Nilton Santos, em Palmas (TO). A abertura oficial será às 17h30. O núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, também foi convidado.

De acordo com informações oficiais do evento, aproximadamente  2300 atletas de delegações indígenas de diferentes países deverão participar dos Jogos.

No Estádio estão a Arena Verde, onde ocorrerão as provas e apresentações, a Oca da Sabedoria, com espaço para debates, a Oca Digital para acesso livre à internet, além das feiras de Agricultura Familiar Indígena e de Artesanato.

Esportes do bem

O futebol feminino conta com 31 equipes inscritas e o masculino com 35. As disputas serão realizadas no período da manhã, tarde e noite. As equipes eliminadas poderão, ainda, jogar partidas amistosas, a partir da próxima semana.

O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, comenta que o evento quer mostrar a cultura do índio, suas habilidades e convivência em equipe. “Essa é a primeira vez que promovem jogos de todas as etnias do mundo. Evidentemente, não faz parte de nossa missão os jogos em si, mas devemos acolher bem as pessoas, valorizar os indígenas que são tão discriminados”.

Os jogos não têm como objetivo estimular a competição entre os competidores, mas ressaltar o valor da vida em comunidade. “Ninguém perde, mas todos ganham. Não há medalhas. Eles só querem mostrar ao mundo que se vivêssemos como os índios muitos coisas ruins não aconteceriam: a destruição da natureza, guerras, violência, intolerância, matança e discriminação tomam conta deste mundo”, explica o bispo.

Atualmente, a arquidiocese atende mais de 3 mil índios, buscando valorizar a presença dos povos na região. “Poucos conhecem as culturas indígenas, embora usemos muitas palavras que são indígenas, nos alimentemos da comida que vem desta cultura e a forma de vestir, de falar, os banhos diários, as rezas e o sentimento religioso muito aflorado são coisas que o povo brasileiro herdou deles”, pontua dom Pedro.
CNBB com informações e fotos da arquidiocese de Palmas.

Fonte: CNBB

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