PADRE PATRIKY BATISTA SOBRE A ASSEMBLEIA SINODAL CONE SUL: “RESGATE DE TODA A BELEZA DO BATISMO QUE NOS UNE”

A Assembleia Regional do Cone Sul dá mais um passo em frente esta semana, de 6 a 10 de março, na etapa continental do Sínodo 2021-2024 na América Latina e Caribe com a quarta e última assembleia das programadas para a região. Trata-se de um encontro sinodal que terá lugar na Casa dom Luciano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF).

Os quase 200 representantes do povo de Deus das cinco conferências episcopais que fazem parte da Região do Cone Sul do Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam) – Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil -, se reunirão para partilhar testemunhos e experiências da Igreja no continente, uma oportunidade para socializar e caminhar juntos, em sinodalidade, seguindo a metodologia da conversa espiritual. Um momento também de utilizar estas experiências do povo de Deus para tornar real aquilo que o Papa Francisco pede: “construir uma Igreja sinodal, uma Igreja de comunhão, participação e missão”.

Momento de ação de Graças para a Igreja no Brasil

Para o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Bastista, a acolhida da assembleia do Cone Sul em Brasília para a equipe de Animação do Sínodo no Brasil e para a Igreja no Brasil é um momento, antes de tudo, de ação de graças por todo o caminho feito até o momento, e também de expectativa daquilo que será o Sínodo dos Bispos. “É uma ocasião favorável para que a gente possa começar a transformar toda essa escuta em um caminho”, afirmou.

O presbítero reforçou as palavras do Papa Francisco, para quem “a sinodalidade é o caminho que Deus quer para a Igreja hoje”. Padre Patriky insistiu que “agora, atentos aos sinais dos tempos, nessa escuta comprometida, que nós possamos agora celebrar agora presencialmente no encontro com a Igreja na América Latina, no Cone Sul. É um momento de ação de graças, de memória e de renovação da esperança”.

O encontro é visto pelo Padre Patriky como “um compartilhar de experiências que vai nos ajudando a perceber desafios comuns, mas também horizontes que se apresentam também de superação desses desafios, tanto na perspectiva eclesial como nos desafios que tocam diretamente à sociedade”. O subsecretário adjunto geral da CNBB insiste em que “além disso é uma oportunidade singular para que a gente possa compartilhar as boas práticas e as experiências também de escuta dos outros países, das outras conferências. Esse compartilhar a partir da escuta do Espírito é um momento muito especial para todos nós”, ressaltando que “é uma dinâmica nova”.

Tenda preparada na Casa dom Luciano, em Brasília (DF). | Fotos: padre Luiz Modino

Encontro do Cone Sul: expressão da Igreja que é comunhão

Um momento em que participam todas as expressões do povo de Deus é considerando pelo representante da CNBB como “uma bela manifestação da Igreja que é comunhão”. Uma dinâmica que, antes de tudo, é “esse resgate de toda a beleza do Batismo que nos une”. O presbítero brasileiro não duvida em definir este encontro como “um belo testemunho que a gente oferece ao mundo, onde todos, cada um com sua vocação, com seu ministério são chamados a ser essa Igreja em saída, mas sairmos juntos, esse é o grande horizonte”.

Lembrando de novo as palavras do Papa Francisco, o Padre Patriky diz que “há momentos que os pastores estejam à frente, no meio, às vezes atrás”. Ele destaca “essa mobilidade, essa disposição de caminhar juntos, mas também de ir valorizando cada membro do povo de Deus, sobretudo o laicato, é um momento singular”. Padre Patriky reforçou que toda essa caminhada sinodal, esse processo de escuta e essa assembleia agora do Cone Sul, é também uma oportunidade para que se possa redescobrir a Teologia do Batismo.

Ela salienta que “estamos diante de uma Igreja que deseja mais do que nunca caminhar juntos, na escuta uns dos outros, transformando essa escuta em caminho. É uma Igreja profundamente ministerial e aí vem toda essa reflexão sobre o sacramento do Batismo, mas do que a fonte comum para todos nós, o trampolim que nos joga realmente na missão, independente da vocação, do ministério que exerce, a importância e a beleza do sacramento do Batismo”.

Por padre Luiz Modino – Comunicação da Assembleia do Cone Sul

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