Padre Camilo Pauletti se despede das Pontifícias Obras Missionárias

Uma missa marcou a despedida do padre Camilo Pauletti das Pontifícias Obras Missionárias (POM), onde ficou por cinco anos e meio como diretor. A celebração foi na capela do Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), nesta terça-feira, dia 2.

A missa foi presida por padre Camilo e concelebrada pelos padres Maurício da Silva Jardim, atual diretor das POM; Jaime Patias, secretário nacional da Pontifícia União Missionária; André Luiz de Negreiros, secretário nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM) e Estêvão Raschietti, secretário executivo do CCM.

Funcionários e colaboradores das POM e do CCM, juntamente com os participantes dos cursos ad gentes e de formação missionária para a Amazônia, participaram da celebração.

Na homilia padre Camilo agradeceu a Deus pela oportunidade de trabalhar nas POM. “Sou muito grato a Deus e a tantas pessoas que têm feito parte da minha vida, da caminhada. Eu me sinto feliz de ter realizado este tempo de serviço, de trabalho, de convivência, de oportunidade de conhecer e ter contato com tantas pessoas”.

Padre Camilo espera que o trabalho das POM continue dando bons frutos. “Eu desejo que outros continuem esse trabalho, seja o padre Maurício, novo diretor, a equipe, os que trabalham nas POM, assim como todos aqueles que acreditam nas Obras Missionárias, aqui no Brasil e os que estão em outros países, em terra de missão”.

O sacerdote relatou o apreço que tem pela missão. “Eu sinto uma sintonia muito grande com os missionários que estão na África, Ásia, Europa, Oceania e na América. Eu tenho uma estima, um respeito e valorizo muito os brasileiros que estão em terra de missão.  E também aqueles que vem trabalhar em nosso país. Vejo com alegria os que trabalham nas favelas, nos lugares mais distantes, mais pobres, mais difíceis. Esses têm uma riqueza de viver, uma experiência realmente que marca a vida”.

E continuou: “Pela minha experiência, o que marca a vida são as dificuldades. Quanto mais difícil, em lugares que ninguém quer ir, é ali que a gente faz a experiência mais rica de Deus e também nós nos sentimos valorizados pelas pessoas mais simples”.

Padre Camilo vai para Bento Gonçalves (RS), na diocese de Caxias do Sul (RS), mas afirmou que não vai abandonar as POM. “Vou continuar amando a missão e os que trabalham com a missão. Brasília, POM, CCM, CNBB, departamento de Missão, CRB e forças missionárias vão contar comigo enquanto eu puder ajudar. Seja no sul do Brasil, onde estou indo, ou em outros lugares onde me chamarem e que eu possa ir servir, vou continuar dando esse testemunho missionário”.

Os funcionários e colabores das POM fizeram homenagens ao padre Camilo. Padre André expressou admiração por ele. “Trabalhei com padre Camilo por 5 anos e meio e para mim foi muito aprendizado. Ele foi um irmão, ele prezou pela fraternidade, humanizou as POM com seu jeito, com seu ser missionário. E como nosso irmão, além de ser uma referência, ele nos corrigiu quando houve necessidade”.

O secretário nacional da IAM declarou gratidão ao padre Camilo. “A presença dele foi educativa e ajudou na minha animação missionária. Foi especial poder conviver com um padre que fez uma experiência missionária na prática, que sentiu, que experimentou, que vivenciou. Sou grato ao padre Camilo por ter me ensinado tanta coisa e pela confiança que ele depositou em mim e nos colegas”. 

Através de quatro palavras, que geram outras tantas, padre Jaime destacou as principais características da vida do padre Camilo. “Missão: a palavra missão casa com itinerância. A vida do padre Camilo é uma itinerância. Ele não se apegou a um lugar, ele soube sair da diocese, da paróquia, do país e foi em missão. A segunda palavra é comunhão, que gera união. Ele soube agregar, unir as forças missionárias. Sempre que tinha uma dificuldade ele procurava tirar o positivo daquela situação para unir o trabalho, e isso deu força para a missão. A terceira palavra é simplicidade, que casa com sensibilidade. Padre Camilo com as sandálias, a mochila e a cuia de chimarrão. Essa simplicidade o levava para os mais pobres, mais simples. Sempre procurando ajudar as pessoas que mais necessitam. Foi uma marca da missão. E finalmente a palavra abandono, com o gesto de desprendimento, doação total. Ele sempre reza a oração do abandono de Charles de Foucauld ‘Quanto mais nos abandonamos nas mãos de Deus, mais livres nós somos’. Isso é uma marca que padre Camilo tem. No momento difícil, abandona e confia em Deus”, finalizou padre Jaime.

 

Fonte: POM

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here