P. Lombardi: Papa abraça os sofrimentos de todo um povo

O Papa Francisco visita a Armênia de 24 a 26 de junho naquela que será a sua 14ª Viagem Apostólica. O Santo Padre visitará o primeiro país a acolher o cristianismo como religião oficial no ano 301, resultado da obra de evangelização de S. Gregório, o Iluminador.

Francisco visita a Armênia, para abraçar a sua profunda fé, o desejo de paz e os sofrimentos de todo um povo, que na sua grande maioria, vive hoje fora da sua pátria, mas conserva as suas tradições religiosas e culturais.

Especial momento no programa da viagem do Santo Padre será a visita ao Memorial de Tzitzernakaberd, que recorda o massacre de 1 milhão e meio de armênios em 1915. A este propósito, o padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, na apresentação do programa aos jornalistas nesta terça-feira dia 21 de junho, esclareceu que será usado o termo “medz yeghern” (o grande mal) tal como dizem os armênios. O sacerdote jesuíta afirmou que ninguém pode negar estes massacres, não sendo, contudo, necessário fazer deste assunto motivo de discussões políticas e sociológicas:

“Nenhum de nós nega que estes massacres existiram. Mas, não queremos fazer disto discussões políticas e sociológicas. É uma tragédia enorme. Sei do que falo. Uso a expressão “medz yeghern” – a palavra que usam os meus irmãos armênios – e acredito que sabemos muito bem a que se refere.”

Presente na Sala de Imprensa nesta apresentação, o padre Antonio Ayvazian, da Igreja armênio-católica da Síria, que falou à Rádio Vaticano. Eis um excerto das suas declarações:

“Esta visita é realmente a mais bela ocasião para mostrar ao mundo civil, e sobretudo ao próprio povo armênio, que o Santo Padre está próximo a estas pessoas que sofreram. O sofrimento secular do povo armênio está no íntimo do coração do Santo Padre. É uma ocasião para dizer: “Eu estou convosco. Vocês têm o direito de viver entre os povos; têm o direito de viver em paz e têm sobretudo o direito a ter justiça.”

“Um armênio não pode ser armênio se não é batizado. Não pode existir um armênio que se declare armênio sem ter o cristianismo como “diploma” escrito no seu sangue, na sua genética, porque o cristianismo está radicado na mente e na psicologia dos armênios. Por isto tivemos milhões, milhares de mártires. As guerras na Armênia sempre foram voltadas a conservar a religião cristã.”

O Papa Francisco parte para a Armênia já na próxima sexta-feira dia 24 de junho.

 

Fonte: Rádio Vaticano

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