Oriente Médio Um futuro melhor aos cristãos

A Declaração de Aniá, aprovada em fins de 2014 por 80 políticos, intelectuais e clérigos presentes na conferência organizada pela Konrad Adenauer Foundation, pelo Al-Quds Center for Political Studies e pela Danmission Foundation: apresenta um precioso roteiro de 12 pontos para favorecer “um futuro melhor dos cristãos nos países árabes’: Segundo o documento, o aumento da intolerância nas sociedades árabes ocorreu, sobretudo, por causa do emergir de uma interpretação extremista dos ensinamentos do islã sob o olhar complacente de grande parte dos governos da região, e, em alguns casos, com o seu apoio. A Declaração reconhece a necessidade de distinguir entre “expressões” e “tendências” do islã político, e de envolver os mais sábios islamitas numa firme posição contra todo tipo de discriminação jurídica, social e política em relação aos cristãos árabes. As Igrejas e comunidades no Oriente Médio — reitera a Declaração — representam uma realidade autóctone e não podem, de forma alguma, serem identificadas como um corpo estranho importado do Ocidente. Em declaração, o presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, disse: “os cristãos deram a sua contribuição à edificação da civilização árabe. Por isso, o fenômeno do deslocamento forçado das comunidades cristãs nativas do Oriente Médio é um problema grave que deve ser freado a todo custo’: Entretanto, a cada 5 minutos um cristão no Oriente Médio é assassinado. Padre Gabriel, sacerdote da igreja ortodoxa grega,
que vive 24 horas por dia com escolta, diz que “o que está acontecendo no Oriente Médio é um genocídio… O Oriente Médio está se esvaziando de cristãos’: Entre os tópicos da referida declaração, um deles pede para que todas as formas de apoio e solidariedade internacionais voltadas aos cristãos árabes ajudem a comunidade cristã a permanecer nas próprias terras, evitando o favorecimento involuntário do êxodo dos batizados das terras onde o cristianismo nasceu e se difundiu. As ameaças de um califa O grupo Estado Islâmico (EI), que aterroriza Iraque e Síria, é considerado uma ameaça para todas as regiões do Oriente Médio. Surgido em 2013 como um ramo da Al-Qaeda, o grupo rompeu com esta organização e, em junho de 2014, declarou-se um califado jihadista. Seu primeiro anúncio foi de que iria se impor pela força. O EI é tido como um dos grupos mais perigosos do mundo e o seu principal líder, Abu Bakar ALBagdadi, foi designado “califa de todos os muçulmanos”.

Fonte: ACI digital e Agência Fides