Cidade do Vaticano
Depois da apresentação do plano de paz para o Oriente Médio do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, continuam incessantes as críticas para uma solução do conflito que pode levar a mais violências entre israelenses e palestinos. Seguindo o não dos palestinos, também o presidente turco Erdogan reprova o plano de Trump que prevê a criação de dois Estados com Jerusalém como capital soberana e indivisível de Israel, e Jerusalém leste da Palestina. “Jerusalém não está à venda” e os nossos direitos não são negociados, afirmou Abu Mazen.
Ordinários Católicos
A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa emitiu uma nota nesta quarta-feira (29) comentando Plano de Paz apresentado por Washington. Segundo a nota, o plano não considera os dois povos. Não dá dignidade e direitos aos palestinos. Deve ser considerado uma iniciativa unilateral, porque apoia quase todas as exigência de uma parte, a israelense, e a sua agenda política. Por outro lado, este plano não há as justas reivindicações do povo palestino para com a própria pátria, os próprios direitos e a própria dignidade. Este plano – reiteram os Ordinários Católicos – não levará a nenhuma solução, somente criará mais tensões e provavelmente mais violência e sangue”.
Padre Ibrahim Faltas
É do mesmo parecer o franciscano padre Ibraim Faltas, Conselheiro da Custódia da Terra Santa: “É indispensável encontrar uma solução para Jerusalém. O coração do conflito entre palestinos e israelenses é sempre Jerusalém”.
Santa Sé na ONU
Enquanto isso no debate aberto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizado nesta quarta-feira (29) em Nova Iorque, o representante da Santa Sé Frederick Hansen referiu que é de máxima importância que os desafios entre as partes sejam enfrentados com uma abordagem holística, assim como o compromisso da comunidade internacional diante de um diálogo aberto e construtivo. E que sejam baseados nos princípios de fundação das Nações Unidas de 75 anos atrás.
A Santa Sé e o Papa continuam a dar uma particular atenção à Cidade Santa de Jerusalém, “à sua vocação de cidade da paz”. Portanto renova o apelo para que “sejam mantidos o status quo dos lugares santos de Jerusalém, caros aos judeus, aos cristãos e aos muçulmanos” e importantes para o patrimônio cultural de toda a família humana. A urgência de que toda a comunidade internacional reconfirmasse o seu compromisso de apoio do processo de paz entre Israel e Palestina, já tinha sido evidenciado com força pelo Papa no discurso ao Corpo Diplomático em janeiro. E o Secretário Geral da ONU, no Relatório de dezembro dizia que a triste alternativa é que a situação está destinada a piorar constantemente, “diminuindo ainda mais a possibilidade da solução de dois Estados baseados nas linhas de 1967”.