Maio deveria mudar de nome: mês da Maioria… Maio, Maria, maioria. A grande maioria de católicos no mundo já aprendeu a associar o mês ao nome suave, sonoro e sempre consolador de Maria, mãe de todos nós, mãe do Filho de Deus. Mas esse maio difícil e assustador que estamos iniciando em nada nos parece simpático ao nome a ele vinculado. Um filme com o sugestivo título do clamor humano (Orai por nós!) que estreou na última sexta feira santa no seu país de origem, chega ao Brasil neste mês, com promessa de estreia no próximo dia 20. Nada seria tão trágico não fosse o enredo provocativo de mais uma satânica produção cinematográfica, tentando enlamear a beleza da fé cristã. Maria, nesta película que se diz artística, é apresentada com a face demoníaca a exibir sua pureza maternal, enquanto dissimula seu outro lado para enganar a fé do povo. Maria seria o antídoto de seu Filho, um engodo espiritual para desviar aqueles que o “bendito fruto do seu ventre” foi capaz de atrair. O outro lado da moeda da fé libertadora, apregoada por Jesus.
Mas de mentiras e ficções ardilosas já estamos fartos. A história de uma falsa e demoníaca aparição da Virgem Maria, produzido pela mente fértil de um descrente, Sam Raimi, na verdade é mais uma tentativa frustrada de sucesso às custas da fé cristã. Essa ficção sobre suposta aparição mariana nos prova apenas que o Demônio age esporadicamente nos limites da realidade temporal, mas não pode realizar obras sobrenaturais, pois neste campo a mentira não tem vez, nem voz. Graças a Deus! Mas, para evitar confusão, é bom alertar previamente os incautos e desavisados, para que não se deixem instrumentalizar por argumentos tão vazios da lógica cristã.
Um personagem do filme bem o afirma: “Quando Deus constrói uma Igreja, o Demônio constrói uma capela ao lado”. Que este continue em sua triste e desastrosa sina, pois daqui de nosso mundinho sofrido e pressionado por tantas mazelas, ainda soa o canto constante registrado desde o início da nossa fé: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração da Deus” (At 12,5). Somente esse “filme”, o brado da nossa fé, nos interessa agora. O brado incessante ao Senhor e o clamor popular que elevamos a Maria, em especial neste mês consagrado à sua devoção. Papa Francisco, aos pés de uma imagem de Nossa Senhora do Socorro, na Capela Gregoriana do Vaticano, deu início neste mês a trinta dias de orações pela intercessão de Maria para que Deus nos livre desses dias febris e pandêmicos.
Mais uma vez a Igreja reforça sua devoção e crença na intercessão mariana. Quantas vezes ouvimos ou proclamamos essa verdade: peça à Mãe que o Filho atende? Pois o Papa reforça agora essa mediação sacrossanta da Mãe dos homens junto aos tribunais divinos. É hora de unidade ao redor da Mãe, de confiança plena, não negação do que vimos e testemunhamos até aqui, independente de qualquer ação demoníaca que minasse nossa fé, nossa devoção mariana. Não caiamos nesse buraco negro da negação da fé, do negacionismo das doenças e tribulações que bem sentimos, de qualquer outra incerteza ou insegurança que coloque em dúvidas as forças espirituais que nos protegem. Vamos, sim, continuar clamando. Neste abençoado mês de Maria trinta santuários marianos ao redor do mundo estarão rezando, diariamente, (um a cada dia) o santo Rosário, para que nossa Mãe interceda. Papa Francisco saiu à frente
“Mae do Socorro, acolhei-nos sob o vosso manto e protegei-nos, sustentai-nos na hora da provação e acendei em nossos corações a luz da esperança pelo futuro”, clamou o Santo Padre. Não é essa a oração da maioria?