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segunda-feira, 13 maio, 2024.
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ONU: Cardeal pede ajuda para os cristãos

The Church of the Holy Sepulcher in Jerusalem reopened today, on 28.02.2018 Last Sunday, the Catholic, Greek Orthodox and Armenian church leaders had jointly decided to close the sanctuary indefinitely. They wanted to protest against two controversial proposals in the city. Photo: Catholic, Greek Orthodox and Armenian church leaders in front of the sanctuary in Jerusalem

Na ONU, o Cardeal Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, pediu ajuda para os cristãos no Oriente Médio, principalmente para os que pretendem regressar para suas casas após a ocupação pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico. Segundo o Cardeal, a reconstrução da Planície de Nínive e de outras regiões com forte presença cristã deve ser prioridade para a comunidade internacional.

Ele esteve em Nova Iorque, na Assembleia Geral da ONU, dia 27 de setembro. O Cardeal Parolin recordou a visita que fez ao Iraque durante o Natal do ano passado. Ele se impressionou com a coragem dos cristãos que insistem no regresso às suas casas. Porém, também chamou a atenção o muito que ainda há a ser feito para que aquela região volte a viver com o mínimo de normalidade.

“Entre os dias 24 e 28 de dezembro, tive o privilégio de viajar para a Planície de Nínive, no Iraque. Fui celebrar o Natal com algumas das pessoas mais corajosas e inspiradoras que já conheci”, disse o Cardeal. Ele falou da “alegria contagiante e forte fé” que encontrou e que ficou “impressionado com o estado” em que se encontra “o processo de reconstrução” das casas e infraestruturas locais.

Ajuda para o regresso das famílias

“Muitos cristãos da Planície de Nínive, depois da fuga e exílio, já puderam regressar para casa. Eles estão iniciando o árduo processo, não apenas de reconstrução das moradias, mas também de reorganização do ambiente social que foi destruído pelo ódio, traição e brutalidade.”

Afirmando que o regresso dos cristãos às suas casas na Planície de Nínive é “um sinal de que o mal não tem a última palavra”, o Cardeal sublinhou “a importância da presença” da comunidade cristã numa região onde “tem as suas raízes históricas mais profundas”. É também um lugar onde se tem notado por ser “uma fonte fundamental de paz, estabilidade e pluralismo há séculos”.

O Cadeal Parolin agradeceu diretamente o empenho de instituições como a Fundação Pontifícia ACN, a Cáritas e os Cavaleiros de Colombo. Ao mesmo tempo, ele afirmou que há ainda muito a ser feito no apoio a essas comunidades cristãs.

“Enquanto eu caminhava na cidade de Mossul, ainda havia escombros por toda parte, dificultando a travessia. As infraestruturas mais básicas ainda precisam ser reconstruídas. A situação de segurança, essencial para a região florescer novamente, ainda é tênue ”, afirmou perante os representantes das Nações Unidas.

ONU: Pedido de ajuda para os cristãos no Oriente Médio

Incentivando as instituições de solidariedade a prosseguirem com o seu trabalho junto das comunidades cristãs no Oriente Médio, o secretário de Estado do Vaticano lembrou que “a ajuda humanitária básica permanece necessária”. Disse ainda que há necessidade “de empregos e formação profissional, programas de educação para a juventude, assistência à saúde mental”, entre outras áreas urgentes.

Na sua passagem pela ONU, o Cardeal Pietro Parolin deixou ainda uma palavra sobre a importância da defesa da liberdade religiosa. Lembrando o encontro recente entre o Papa Francisco e Ahmed el-Tayyeb, o grande imã da Universidade de Al-Azhar, o secretário de Estado do Vaticano frisou a necessidade da “proteção dos locais de culto como uma consequência direta da defesa da liberdade de pensamento, consciência e de religião”.

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