O que significa ser um bom padrinho e uma boa madrinha de Batismo e Crisma?

Ser padrinho ou madrinha significa dar muitos presentes? Apenas muitas orações? Ambos? Algo mais? O que os afilhados esperam dos padrinhos?

“Oque é, de fato, ser um bom padrinho ou uma boa madrinha de Crisma? E como é ser um bom padrinho ou uma boa madrinha de Batismo?”

A questão surgiu recentemente em meu pequeno grupo de mulheres no WhatsApp, enquanto estudávamos os sete sacramentos. Seguiu-se uma discussão animada, com ideias e pensamentos sobre quais são os papéis dos padrinhos.

Ser padrinho ou madrinha significa dar muitos presentes? Apenas muitas orações? Ambos? Algo mais? Que tipo de relacionamento você deve ter com seu afilhado ou sua afilhada? O que os afilhados esperam dos padrinhos?

A Igreja e os padrinhos

Primeiramente, falamos sobre o que a Igreja ensina sobre o papel dos padrinhos.

Veja o que Catecismo diz sobre os padrinhos de Batismo:

“Para que a graça baptismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Esse é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar o novo batizado, criança ou adulto, no seu caminho de vida cristã.”

CIC, 1255

Portanto, ajudar alguém no caminho da vida cristã é um belo objetivo, mas bastante vago e aberto a interpretações.

O mesmo se aplica ao que diz o Catecismo sobre os padrinhos do sacramento da Confirmação:

“Tanto para a Confirmação, como para o Batismo, convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual dum padrinho ou de uma madrinha.

CIC, 1311

Experiências reais “com” e “como” padrinhos e madrinhas

Em seguida, discutimos como têm sido nossas experiências reais de sermos ou termos padrinhos e madrinhas.

Uma amiga disse que apreciava o fato de seus padrinhos sempre lhe enviarem cartões. Ela não os via com frequência, pois eles moravam longe, mas ficava animada para abrir a correspondência deles no Natal ou no aniversário.

Outra amiga disse que, quando ela atingiu o início da adolescência, começou a se afastar da fé e de seus pais. Sua madrinha (irmã de sua mãe) soube disso e a convidou para passar o verão em sua casa em outro estado, fazendo trabalho voluntário e morando com sua família. Essa experiência mudou a vida de minha amiga.

Várias mulheres lamentaram o fato de seus padrinhos ou madrinhas de Crisma não se considerarem mais católicos.

Um casal que conheço faz questão de pagar o máximo de despesas que puderem relacionadas à educação religiosa de seu afilhado.

Outro amigo leva seu padrinho de Crisma para jantar e bater papo algumas vezes por ano.

O papel dos padrinhos e madrinhas

Enfim, todos nós refletimos sobre o papel silencioso que nossos padrinhos e nossas madrinhas desempenharam em nossas vidas. Quem sabe de que maneira suas orações e sacrifícios nos ajudaram? A maioria de nós nunca verá o efeito direto de nossas orações na vida de nossos afilhados. Mas essas preces (combinadas com o exemplo de nossas vidas) são, certamente, a ajuda mais eficaz que podemos dar.

Outra ajuda eficaz na vida cristã, com base nas histórias de todos, seria o afilhado ter algum relacionamento com os padrinhos e as madrinhas. Ou seja: sentir, de fato, amado ou apoiado por eles.

Em sua sabedoria, a Igreja deixa aberto ao nosso discernimento e às circunstâncias particulares quando se trata de ajudar aqueles que apadrinhamos a viver uma vida cristã.

Vinde, Espírito Santo, e mostrai-nos o que fazer!

baby at baptism with godparents
Sentir-se apoiado pelos padrinhos é o que um afilhado mais quer!

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