Raimundo de Lima, Silvonei José – Cidade do Vaticano
Hoje, segunda-feira do Anjo, ressoa o anúncio alegre da ressurreição de Cristo. Foi o que ressaltou o Papa no início da alocução que precedeu o Regina Caeli, a oração mariana que no período pascal substitui o Angelus, conduzida por Francisco ao meio-dia desta segunda-feira (13/04) na Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano.
A página evangélica (Mt 28,8-15) conta que as mulheres, com medo, abandonaram às pressas o sepulcro de Jesus, que encontraram vazio; mas Jesus mesmo lhes aparece dizendo: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão” (v. 10).
As mulheres, exemplo admirável de fidelidade a Cristo
Com essas palavras, disse o Santo Padre, o Ressuscitado confia às mulheres um mandato missionário em relação aos Apóstolos. Efetivamente, elas “deram um exemplo admirável de fidelidade, de dedicação e de amor a Cristo no tempo da sua vida pública bem como durante a sua paixão; “agora são premiadas por Ele com este gesto de atenção e de predileção”, observou, acrescentando: “As mulheres, sempre no início: Maria, no início; as mulheres, no início.
Primeiro as mulheres, depois os discípulos e, em particular, Pedro constatam a realidade da ressurreição. Jesus lhes havia mais vezes preanunciado que, após a paixão e a cruz, ressuscitaria, mas os discípulos não tinham entendido, porque ainda não estavam prontos. A fé deles devia dar um salto de qualidade, que somente o Espírito Santo, dom do Ressuscitado, poderia provocar.
Dar a vida por Cristo
No início do livro dos Atos dos Apóstolos, prosseguiu o Papa, ouvimos Pedro declarar com franqueza, com coragem, com franqueza: “Este Jesus, Deus o ressuscitou e nós todos somos testemunhas” (At 2,32). Como dizendo: “Eu dou a vida por ele. E depois dará a vida por Ele”.
E daquele momento o anúncio que Cristo ressuscitou se difundiu em todos os lugares e alcançou todos os cantos da terra, tornando-se a mensagem de esperança para todos.
Ressurreição: a última palavra não cabe à morte, mas à vida
“A ressurreição de Jesus nos diz que a última palavra não cabe à morte, mas à vida. Ressuscitando o Filho unigênito, Deus Pai manifestou em plenitude seu amor e a sua misericórdia para a humanidade de todos os tempos.”
“Se Cristo ressuscitou, é possível olhar com confiança para todo evento da nossa existência, inclusive os mais difíceis e repletos de angústia e de incerteza”, disse o Pontífice.