Cidade do Vaticano (RV) – “Refugiados: a humanidade não para” é o tema do simpósio organizado pelo Centro Astalli – a estrutura dos jesuítas para os migrantes, refugiados e solicitantes de asilo – a ter lugar na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, no dia 21 de junho.
O encontro terá a participação, entre outros, do Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, do Presidente da Fundação Ratzinger Padre Federico Lombardi e do Presidente do Centro Astalli, Padre Camillo Ripamonti.
Análise das causas dos fluxos migratórios
“O crescente fenômeno dos fluxos migratórios, sem precedentes nesta escala na história contemporânea, é atribuível a causas estruturais complexas e ligadas entre si, sublinha o Centro Astalli. Guerras, desastres ligados às mudanças climáticas e à exploração dos recursos, o escândalo da pobreza nas suas várias dimensões, são alguns dos temas que serão analisados no encontro”.
Único futuro possível é um futuro comum
Para Padre Camillo, “é de particular relevância celebrar neste momento o Dia Mundial do Refugiado, para manter alta a atenção sobre o tema dos migrantes e sobre suas histórias sempre mais negligenciadas por políticas e narrações emergenciais. Os refugiados são reduzidos sempre mais a fluxos migratórios, estatísticas, números sem nome e sem rosto, para afastá-los da sensibilidade e do encontro com os cidadãos europeus. Com convicção, queremos dizer que o único futuro possível é um futuro comum”.
Menores desacompanhados
Em 2016 desembarcaram na Itália 25.846 menores desacompanhados, ou seja, 1 migrante em cada 6 é um menor sozinho.
Os salesianos, por meio da Federação SCS-Salesianos pelo Social, implementaram 12 iniciativas que beneficiam 207 menores desacompanhados; 6 são os serviços para a acolhida dos refugiados, beneficiando 262 pessoas.
Acolhida, integração e inclusão social
Ademais, foram promovidos 14 cursos de língua italiana para 677 beneficiados e 4 iniciativas envolvendo projetos de inserção no trabalho, para 96 pessoas.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, os salesianos/Itália apresentarão algumas histórias de acolhida, integração e resgate destes jovens, contando como “o sistema preventivo de Dom Bosco no nosso país se concretiza – refere um nota – em percursos e projetos diversificados e complementares que oferecem ao jovem refugiado uma resposta ao mesmo tempo global e gradual: acolhida, integração e inclusão social, acompanhamento para a independência”.
Fonte: Rádio Vaticano