O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão

    Celebramos neste domingo, o 33º Domingo do Tempo Comum o penúltimo domingo do ano litúrgico. Na próxima semana, encerraremos o ano litúrgico e, no dia 28 de novembro, iniciaremos um novo ano litúrgico com a celebração do 1º Domingo do Advento.

    O ano litúrgico é diferente do ano civil. Não se encerra no dia 31 de dezembro, mas no sábado da 34ª semana do tempo comum, normalmente no final de novembro. Para cada domingo do ano litúrgico, meditamos um evangelista (anos a, b, c). Este ano foi o evangelho de Marcos e, no próximo, será o evangelho de Lucas. O Tempo Comum é dividido em duas partes, tendo a sua primeira iniciando após a festa do Batismo do Senhor e a sua segunda, após Pentecostes.

    A liturgia de hoje, assim como as do final desse ano litúrgico, tem um cunho apocalíptico, ou seja, fala sobre os fins dos tempos. Nada que deve nos assustar, mas é um convite a estarmos sempre vigilantes e em oração, para estarmos de pé no dia do encontro com o Senhor. Não sabemos qual será o dia e a hora em que o Senhor virá, somente o Pai sabe qual é essa hora, por isso cabe a nós estarmos preparados e essa preparação se dá por meio da vigilância e da oração. Somos convidados a viver a santidade em nossas ações do dia a dia, construindo o Reino de Deus aqui na terra, e que viveremos esse reino de maneira plena no céu.

    Na Primeira Leitura (Dn 12, 1-3)lemos que Daniel era um profeta visionário, ou seja, tinha a visão de futuro e previa como seria o fim dos tempos. Daniel era famoso por sua sabedoria e por condenar as injustiças. Daniel estava sempre ao lado dos justos, por isso, ele diz que no fim dos tempos quem praticou a injustiça vai para o opróbrio eterno e quem praticar a justiça vai para a vida eterna.

    O Salmo Responsorial é o 15 (16), que nos diz em seu refrão: “Guardai-me ó Deus, porque em vós me refúgio”. Não devemos procurar refúgio em ninguém que não seja Deus, pois é Ele quem nos salvará no fim dos tempos. Não devemos confiar em ninguém que não seja Deus. Tudo passa, menos Deus. Ele permanece eternamente.

    Na Segunda Leitura (Hb 10, 11-14.18) vamos ver que sacerdote sempre se prepara para celebrar o sacrifício, todos os dias, Cristo, o sumo sacerdote por excelência, se ofereceu uma vez por todas em sacrifício por todos nós e hoje se encontra ao lado de Deus. Ele ao oferecer-se em sacrifico uma vez por todas, já nos perdoou dos pecados e não há necessidade de oferecer-se novamente. Ele está aguardando aqueles que Ele santificou.

    O evangelho (Mc 13, 24-32) tem um cunho apocalíptico, ou seja, retrata Jesus falando como seria o fim dos tempos. E cabe a cada um de nós estarmos preparados para esse encontro com Ele. E como poderemos nos preparar? Por meio da vigilância, da oração e alimentando a nossa fé com a eucaristia, acreditando na ressurreição e na vida eterna.

    Diante dos últimos acontecimentos que temos visto no mundo, nos faz pensar que chegamos ao final dos tempos. Mas tiveram outros momentos da história, como pandemia, fomes e guerras, e não foi o fim.

    Por isso, cabe a nós sempre estarmos preparados, pois como disse Jesus no evangelho de hoje, ninguém sabe quando será o dia e a hora, nem os anjos do céu, nem o Filho, somente o Pai.

    Somos chamados a viver a santidade no dia a dia, amando o próximo, praticando a caridade e a justiça. Nós seremos “julgados” por Deus no fim dos tempos, se praticamos isso ou não. Devemos construir o Reino de Deus aqui na terra para vivenciá-lo de maneira plena no céu.

    Celebramos ainda nesse domingo, o V Dia Mundial dos Pobres, estabelecido pelo Papa Francisco. Essa celebração serve para olharmos quem está ao nosso redor e estender a mão para aquele que precisa. A caridade deve ser a identidade do cristão e de quem segue a Jesus. O Reino de Deus é voltado para os pobres. A partir do momento que estendo a mão ao pobre, edificaremos esse reino e prepararemos nossa morada eterna.

    Celebremos com alegria este 33º Domingo do Tempo Comum e que possamos, através da oração e da caridade, construir o Reino de Deus aqui na terra e dessa forma nos preparar para o dia do encontro com o Senhor.

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