O CÉLEBRE PENSADOR SANTO AGOSTINHO

    Santo Agostinho é um dos maiores filósofos e teólogos de todos os tempos. É considerado um ínclito pensador no desenvolvimento do pensamento medieval e de toda a filosofia e teologia ocidental.

    Dentro é uma palavra chave para conhecer o pensamento de Agostinho: em sua busca filosófica, ele deixou de lado a reflexão sobre o mundo exterior, e fez uma profunda introspecção para descobrir a sua interioridade, a essência do ser humano. Por isso, Agostinho é considerado também um pioneiro da psicologia.

     Santo Agostinho foi um dos mais prolíficos autores latinos em termos de obras sobreviventes e a lista de seus trabalhos tem mais de cem títulos diferentes. Entre eles estão obras apologéticas contra as heresias dos arianosdonatistasmaniqueístas e pelagianos; textos “Sobre a Doutrina Cristã”; obras exegéticas como comentários sobre o Gênesis, os Salmos e a carta de Paulo aos Romanos; diversos sermões e cartas;  uma revisão de suas primeiras obras escrita no final de sua vida. Além destas, Agostinho é também bastante conhecido por suas  obras como: “Confissões“, que é um relato pessoal de seus primeiros anos, e pela “Cidade de Deus” (De Civitate Dei; em 22 livros), ele desenvolve a tese conhecida como “analogia psicológica” da Trindade, é uma de suas obras primas e possivelmente uma das maiores obras teológicas de todos os tempos. Finalmente, Agostinho escreveu ainda “Sobre a Livre Escolha da Vontade” (De libero arbitrio), que trata do motivo pelo qual Deus dá aos homens o livre arbítrio que depois pode ser usado para realizar o mal.

    Sobre a Educação

    Santo Agostinho é considerado uma figura muito influente na história da educação e uma de suas primeiras obras, De Magistro (“Do Professor”), contém muitos de seus pensamentos sobre o tema.  Agostinho acreditava que a educação era uma busca incansável por compreensão, significado e verdade que sempre deixa aberto o espaço para a dúvida, o desenvolvimento e a mudança.  Segundo ele, acreditava que o diálogo, a dialética e a discussão eram as melhores formas de aprender e que este método deveria servir de modelo para as aulas.

    Santo Agostinho é um exemplo de amante na busca do saber filosófico, teológico, pedagógico e da profundidade psicológica. A sua grande importância para o estudo da fé. Começou ardentemente a sua busca da verdade pela Sagrada Escritura. A verdade é Jesus Cristo (João, 14,6).

    “Um fator chave no desenvolvimento da compreensão da espiritualidade agostiniana é encontrado na cristologia de Agostinho. Ele entende o Cristo Total como o Corpo de Cristo, tanto na Cabeça quanto nos membros. No conceito de Christus Totus percebemos o entrelaçamento da teologia, da eclesiologia, da espiritualidade e da cristologia para se chegar a uma compreensão não só do sentido de pertencer a Cristo, mas também de ser Cristo”, afirma Pe. Joseph Farrell, OSA, Vigário Geral (chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.synod.va/content/dam/synod/common/resources/spirituality/augustine/PT_Spiri_Farrell.pdf).

    É imensurável meditar nesse pensamento de Santo Agostinho: “Fizeste-nos para vós, Senhor, e o nosso coração não se dá paz enquanto não descansar em vós” (Confissões 1, 1, 1).

    Prof. Dr. Inácio José do Vale

    Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas – Espiritualidade de Nazaré

    Graduado em Teologia com Licenciatura pela Universidade Católica Santa Úrsula – Rio de Janeiro/RJ.

    Especialista no Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson – Araras/SP.

    Pós-graduado em Psicologia nas Organizações com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Educamais de São Paulo/SP.

     

    Fontes:

    Agostinho. Confissões. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina; “Vida e obra” por José Américo Motta Pessanha. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

    Agostinho. A Trindade. Trad. de Frei Agustinho Belmonte, O.A.R. São Paulo: Paulus, 1994.

    Agostinho. Sobre a potencialidade da alma (De quantitate animae). Trad. de Aloysio Jansen de Faria. Petrópolis: Vozes, 2005.

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