A Festa de Nossa Senhora da Palestina, em 25 de outubro, nos convida a pedir à Maria a paz e a proteção da sua amada terra
Afesta de Nossa Senhora da Palestina foi instituída em 1927 pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Luigi Barlassina. O objetivo era pedir a Nossa Senhora a proteção da Palestina e da Cidade Santa de Jerusalém. A festa foi aprovada pela Santa Sé em 1933 e é celebrada todos os anos no dia 25 de outubro. No Decreto Apostólico, os fiéis também foram convidados a unir-se em oração à Virgem Maria por uma proteção especial para a sua terra natal.
As origens desta festa remontam à Primeira Cruzada, que ocorreu entre os anos de 1095 e 1102.
A Terra Santa sempre foi um lugar sagrado para os cristãos e sempre houve um desejo profundo de protegê-la. Afinal, esta era a “cidade natal” da Sagrada Família. Foi ali que Jesus nasceu, cresceu, trabalhou, ensinou, sofreu, morreu, foi sepultado e ressuscitou.
No ano de 614, os persas conquistaram Jerusalém e destruíram muitas igrejas, incluindo a Igreja do Santo Sepulcro. Quinze anos depois, o imperador romano Heráclio I restabeleceu o domínio bizantino em Jerusalém e recuperou a Verdadeira Cruz. Então, em 638, as forças conquistaram Jerusalém novamente. Assim começou o governo de uma sucessão de dinastias árabes, que continuou até 1099, ano em que a Primeira Cruzada reconquistou a região.
A guerra continuou intermitentemente. No ano de 1229, com a Sexta Cruzada liderada pelo Sacro Imperador Romano Frederico II, Jerusalém e outros locais cristãos foram devolvidos ao reino dos cruzados. Foi também neste mesmo ano que os franciscanos se estabeleceram em Jerusalém, perto da Quinta Estação da Via Dolorosa.
E Nossa Senhora da Palestina? Onde ela se encaixa nisso tudo? Há quase 1.500 anos de guerra, intriga, convulsão política, dor, sofrimento e alegria nesta parte do mundo que chamamos de Terra Santa, que continua até hoje. No entanto, conforme observado no primeiro parágrafo, esta festa só foi iniciada em 1927, há menos de um século.
Após a Primeira Cruzada, o seu líder, Godfrey de Bouillon , fundou a Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém. O objetivo da ordem era defender o Santo Sepulcro e apoiar a presença cristã na Terra Santa. Em 1291, a autoridade para trazer novos Cavaleiros para a Ordem foi transferida para a Custódia Franciscana da Terra Santa, que se tornaria a mais alta autoridade católica na região.
Quem melhor do que Maria para se aproximar em busca de conforto e proteção? Nossa Senhora da Palestina é tão amada universalmente que a igreja construída em sua homenagem tem anjos pintados no teto, segurando fitas com as palavras “Ave Maria” em 280 idiomas diferentes.
Hoje, a Ordem Equestre é composta por fiéis cristãos de todo o mundo, cujo objetivo principal é apoiar o Patriarcado Latino de Jerusalém e a sua comunidade cristã. A ordem é regida pelo Direito Canônico, pelas disposições da Igreja e pelas regras da sua própria Constituição.
O Santuário de Nossa Senhora da Palestina está localizado a meio caminho entre Jerusalém e Tel Aviv, no Vale Soreq. A frente da igreja tem uma inscrição que diz “Reginae Palaestinae” (a Rainha da Palestina). Uma estátua da Virgem Maria, com seis metros de altura, fica no topo da igreja, olhando a paisagem. Representa Nossa Senhora da Palestina vigiando a Terra Santa.
