Nossa Senhora Aparecida abençoai o povo brasileiro!

    Estamos vivendo um momento de passagem em nosso país. Quando as instituições funcionam harmoniosamente, particularmente, os poderes executivo, legislativo e judiciário todas as instituições e forças vivas do país se irmanam na construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno.
    Neste sentido, por feliz iniciativa da Presidência de nossa amada Conferência Episcopal, a CNBB, iniciaremos, precisamente no dia 12 de outubro, solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o ano santo mariano em nível nacional.
    Diz a Mensagem da Presidência da CNBB ao povo brasileiro que: “Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco). A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5)”.
    O episódio da Leitura do livro de Ester: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida. Ester respondeu-lhe: Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido! – e a vida do meu povo – eis o meu desejo!”(Est 7,2b-3). Aplica-se, perfeitamente, o pedido da Rainha Ester, de dar vida ao povo o que há 300 anos acontece como milagre em Aparecida do Norte, SP. Naquela cidade, diante daquele imagem da Imaculada Conceição, enegrecida pelas águas do Rio Paraíba do Sul, que todos os homens e mulheres de boa vontade procuram as forças espirituais para continuar a vida, apesar das muitas dificuldades, o povo brasileiro se identifica com Nossa Senhora Aparecida que lhes dá ânimo e coragem para caminhar no meio das dificuldades. Por isso é bonito cantarmos, com o Salmo Responsorial desta solenidade: “Escutai, minha filha, olhai ouvi isto: que o Rei se encante com a vossa beleza”(Sl 44). Todos nós que nos encantamos com Nossa Senhora Aparecida que nos ensina a fazer tudo o que Jesus vos disser.
    Precisamente o Evangelho das Bodas de Caná(cf. Jo 2,1-11). Como podemos compreender a intervenção de Nossa Senhora nas Bodas de Caná? Maria Santíssima é a mulher modelo de uma nova geração. Maria Santíssima substitui a Eva pecadora e é, ao mesmo tempo, exemplo de discípula para todos nós.
    Nossa Senhora disse no Evangelho o que deve ser a nossa resposta no ano Santo que estamos iniciando e que não só devemos viver, sobretudo, recomendar aos outros: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Porque “ninguém como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne”(Misericordiae Vultus, n. 24).
    O Evangelho desta solenidade nos aponta hoje e durante todo o ano santo que se inicia que Nossa Senhora Aparecida conhece o alcance da misericórdia de Deus para toda a nossa vida e não fica indiferente ao nosso rogo.
    Nossa Senhora Aparecida é o perfeito modelo, o arquétipo da Igreja-Mãe que neste Ano do Jubileu da Misericórdia, alongado pelo Ano Mariano em todo o Brasil, quer mostrar, pelo seu acolhimento materno, que Deus jamais se cansa de perdoar. Ensina o Papa Francisco: “Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós” (Misericordiae Vultus, n. 5).
    Que possamos todos, sob a proteção constante da Rainha e Padroeira do Brasil, rezar pelo Brasil e pelos brasileiros pedindo que todos nós irmanados ao redor da Mãe Maria, Mariama, suplicando-lhe a graça de viver o discipulado de Jesus e de renovar nossa fé transmitindo o nosso batismo pelo testemunho credível do Evangelho. Que Nossa Senhora Aparecida nos ajude, nos abençoe e nos ilumine a viver o Jubileu que se inicia sob a sua Materna intercessão!

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