Nairobi: Papa Francisco aos jovens quenianos

“Se um jovem ou uma jovem não tiver trabalho e não puder estudar o que é que poderia fazer?”… “Poderia correr o risco de cair na dependência da droga, praticar actividades criminosas e até suicidar-se”. São palavras do Papa Francisco aos jovens quenianos – EPA
27/11/2015 12:58
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Um dos momentos mais significativos da visita do Papa ao Quénia, foi o encontro com os Jovens quenianos, que teve lugar na manhã desta sexta-feira às 10 horas locais, 8 horas de Roma no Estádio de Kasarani. No discurso, em forma de diálogo, o Papa Francisco pediu aos 70 mil jovens presentes que se dessem as mãos, de modo a formar uma grande corrente humana, em representação de toda a nação Queniana. Em seguida o Papa exortou os jovens a rejeitarem aquilo que chamou de “açúcar da corrupção” que dissipa a alegria e a paz interior.

Disse aos jovens que deveriam ter sempre esperança: E para melhor ilustrar o seu pensamento, o Santo Padre tirou do bolso o rosário e um livrinho preto com as 14 estações da Via Sacra, e disse que aqueles eram instrumentos que dão sempre esperança”.

Em seguida, e como resposta ao testemunho pessoal de dois jovens que lhe fizeram algumas perguntas sobre as dificuldades sociais que a juventude de hoje atravessa, o Papa Francisco deixou aos jovens os seguintes interrogativos: “Porque é que os jovens, cheios de ideais, se deixam arrastar pelo radicalismo religioso? Porque se distanciam da família, dos amigos, da pátria e da vida? Porque aprendem a matar?

E perguntou ainda: “Se um jovem ou uma jovem não tiver trabalho e não puder estudar o que é que poderia fazer?” E retorquiu: “Poderia correr o risco de cair na dependência da droga, praticar actividades criminosas e até suicidar-se”.

Na sequência desses interrogativos e ilustração de algumas respostas a dar aos problemas dos jovens Francisco disse-lhes  que a primeira coisa que um jovem deveria fazer, para evitar cair em tais erros, é “ter uma boa educação e um trabalho”. Se não tiver trabalho (disse o Papa) qual futuro terá? Se não tiver educação ou qualquer actividade qual será o seu fim? Eis o perigo social que depende de um sistema injusto, cujo centro não é Deus, mas o dinheiro, disse.

Fonte: Rádio Vaticano

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