MADRI, (ACI).- O livro “Iglesia y Masonería” (Igreja e Maçonaria), do professor universitário Alberto de la Bárcena, expõe novamente as profundas diferenças entre a fé católica e a prática maçônica. Entre os rituais deste grupo, apontou o especialista, há consagrações ao demônio, assim como a explícita renúncia do Cristianismo pisando em uma cruz.
Segundo Alberto de la Bárcena contou ao Grupo ACI, neste livro não há rumores e lendas urbanas, porque contêm “documentos pontifícios, encíclicas, pronunciamentos dos Papas”.
“Todas as frases estão documentadas”, assegura e precisa que este “é um tema do qual não se fala e, muitas vezes, os próprios cristãos estão confusos”.
“Queria que este livro mostrasse a verdade da doutrina em relação à maçonaria”, indica.
Conversando com seus alunos, explica, percebeu o quanto é importante divulgar esta informação.
“Havia jovens que estavam prestes a entrar em lojas por pressões familiares. Seus pais, que os levaram aos colégios e universidades católicas, pensavam que estavam fazendo um favor ao colocá-los na maçonaria. Além de uma enorme incongruência, isso demonstra que existe uma grande ignorância”, adverte.
Além disso, insiste que “a posição da Igreja não mudou em nada desde a primeira condenação em 1738, embora que quisessem difundir o rumor de que é possível pertencer a uma loja e a uma Igreja. Mas não é assim. A última condenação explícita foi em 1983, realizada por João Paulo II”.
Nesse sentido, De la Bárcena assinala que as condenações dos Papas não foram genéricas ou superficiais. “Os Papas o condenam de maneira clara e detalhada e explicam por que eles foram excomungados. Eles estão fora da Igreja. E desde 1983 sublinha-se que ‘o maçom está em um pecado grave e, portanto, não podem receber a comunhão’”.
Para que alguém que pertenceu à maçonaria volte à comunhão da Igreja, explica, “deve fazer o que faria uma pessoa que cometeu um pecado grave: propósito de emenda, que implicaria deixar a maçonaria, depois confissão e penitência”.
Consagração ao demônio
Além disso dentro dos rituais da maçonaria, registrada como uma associação na Espanha desde 1988, se inclui o culto ao demônio.
“O rito de iniciação mais comum no mundo e também na Espanha é o Rito Escocês antigo e aceito, que no grau 29º o maçom entra na loja com os olhos fechados. É conduzido ao centro da mesma e quando abre seus olhos está diante de uma imagem de Baphomet, uma representação luciferina. Ali, tem que pisar o crucifixo primeiro com o pé esquerdo e depois com o pé direito e pedir que a luz de Baphomet ilumine”, explica o autor do livro “Iglesia y Masonería” ao Grupo ACI.
O especialista adverte que “por mais que queiram ocultar, esse rito é uma consagração ao demônio. Eu resistia a acreditar, mas investigando vi que isso é verdade”.
Um dos ex-maçons que se atreveu a falar mais claramente foi o francês Serge Abad-Gallardo, que foi entrevistado por Alberto de la Bárcena em seu livro.
“Perguntei para Abad-Gallardo quando ele começou a ser consciente de ter servido a Lúcifer e ele respondeu que desde o principio. Embora apresentassem este rito para ele como algo simbólico e que acontecia uma vez por ano, isto acontecia desde o primeiro momento em sua loja”, assinalou.
No rito de iniciação no grau Cavaleiro Maçom VI da Ordem Illuminati, organização de origem maçônica, outro rito pretende substituir Deus pelo demônio.
Neste ritual, o iniciado “com os braços abertos ao céu em forma de V, exclama: ‘Para a Glória do Grande Arquiteto do Universo, Baphomet, dos Superiores Desconhecidos e da Ordem Illuminati’”.
Em seguida, de acordo com o livro, o candidato deve abaixar as mãos, pegar a cruz, jogá-la no chão diante do altar e cruzar os braços, “o direito encima do esquerdo em forma de X com o malhete (martelo em forma de T) na mão direita” e exclamar: ‘Que esta cruz como um símbolo da morte e da destruição, desapareça do mundo! Que a luz de Baphomet a substitua! Glória a ti, deus verdadeiro, Baphomet, o deus da luz e da iniciação!’.
Fonte: Acidigital