“MARIA GUARDAVA TODAS ESTAS COISAS E SOBRE ELAS REFLETIA EM SEU CORAÇÃO” (Lc 2,17)

    Na primeira sexta-feira do ano de 2021 unidos à Santa Mãe de Deus, Maria, muitos fazem mais uma comunhão reparadora ao Coração de Jesus, e todos começamos a caminhada através de um Ano Novo. A narrativa do Evangelho sobre a ida dos pastores ao Presépio ressalta a importância da Virgem Maria, Mãe de Jesus, a qual refletia no seu coração sobre os fatos maravilhosos que se davam em derredor de seu divino filho recém-nascido (Lc l2, 16,21). Contempla-se então uma fé confiante. É justamente após a comunicação do anjo de que um Salvador lhes nascera, o Cristo Senhor, é que os pastores se puseram apressadamente a caminho até o presépio. Contemplaram no anjo o mensageiro de Deus e nele creram. Isto se deu   porque havia neles uma abertura sobrenatural que lhes permitia acolher aquilo que jamais eles teriam imaginado, ou seja, um Redentor viera a este mundo. Isto na verdade tinha ocorrido na cidade de Davi bem próximo deles. Sabiam perfeitamente que para Deus nada é impossível, mesmo o inimaginável. Deste modo no raiar de um Ano Novo estes pastores nos ajudam a perseverar em uma absoluta confiança em Deus, bem como Maria, cujo sim dado ao anjo da Anunciação trouxera ao mundo o eterno amor, o filho de Deus, e cujo manto sagrado cobriria de luz os que dessem idêntica adesão às mensagens divinas. Maria, como como ressaltou São Lucas, guardava todas estas coisas e sobre elas refletia em seu coração. Durante todo o amo de 2021 cumpre fazer a experiência do Salvador em nossas vidas. Os pastores se puseram em marcha até onde se achava Menino. Não basta confiar, é preciso agir de acordo com esta confiança e esta fé. Como bem lembra célebre ditado: “Ajuda-te que o céu te ajudará”. É preciso fazer a experiência deste Salvador na própria existência. Os pastores foram ao encontro de Menino Deus e encorajam os fiéis a irem sempre à procura de Jesus, Maria e José, deles nunca se afastando e junto deles encontrando as graças divinas.  Por que vivia imersa nestas realidades celestiais, analisando-as em seu coração, Maria irradiava por toda parte os esplendores divinos. Eis porque então depois de encontrarem Jesus, os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido. Isto a nos convidar a passar este novo Ano numa fé confiante e ardente, fazendo de cada dia uma realidade marcada pelo louvor divino, Uma vida bela, santa e luminosa. A cada hora deparando motivos de uma sincera e vibrante glorificação à divindade, corações imersos na luminosidade do Menino Deus salvador, vivendo em plenitude aa experiência da salvação na qual estava mergulhada Maria. Total disponibilidade interior numa disposição contínua, recolhida, humilde e atenta. Então estaremos aptos a implorar a paz e misericórdia de Deus para o mundo tão conturbado no qual se vive no presente contexto histórico, e haveremos de tornar isto uma faustosa realidade. É de se notar que os pastores não se deixaram envolver por grandes questões filosóficas ou teológicas, mas simplesmente acolheram as mensagens celestiais, aproximando-se daquela que era a cheia de graças junto da qual depararam o divino Redentor. Àquele menino, como registrou ainda São Lucas, completados os oito dias para sua circuncisão, lhe foi posto o nome de Jesus como lhe tinha sido dado pelo anjo antes que nascesse. A exemplo de Maria, José e os pastores saibamos acolher plenamente a palavra de Deus, vivendo-a profundamente em todo o decorrer de 2021 sempre maleáveis à ação do influxo divino. Lembremo-nos sempre que a fé, a  esperança e a caridade são os anjos que indicam o crepúsculo   seguido duma aurora sempre rósea e ridente. Estas virtudes não são negada a dor alguma, não recusam pousar no leito de qualquer que seja o doente, de acariciar com sua asa benéfica a fronte de todo aquele que se sentir infeliz com as provações que por certo virão durante 2021. Com a graça divina todas as tribulações poderão ser vencidas.  Grande feitos poderão marcar este Ano Novo. Lembremo-nos de que a vida do autêntico cristão não deve ser um campo imenso, mas deserto; uma árvore grande, mas infrutífera; um dia longo de inverno, mas sem sol. A exemplo de Maria, guardemos todas estas verdades e sobre elas reflitamos em nossos corações. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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