Maria, a Primeira Fiel

    Cadernos do concílio – Volume 24 

    Hoje nos debruçaremos no volume vinte e quatro da coleção Cadernos do Concílio Ecumênico Vaticano II que trata sobre o tema: “Maria, A primeira fiel”. Nossa Senhora se tornou discípula missionária desde o momento que concebeu Jesus a partir do “Sim” que deu a Deus diante do anjo Gabriel. Após o anúncio do Anjo, Ela sai apressadamente e vai visitar Santa Isabel, que estava esperando João Batista.

    Nossa Senhora continua sendo discípula missionária acompanhando de perto os passos de Jesus desde a infância, ensinando também as coisas de Deus e cumprindo os preceitos da religião judaica. Depois acompanha os discípulos em algumas missões e inclusive estava presente com eles no dia de Pentecostes.

    Aos pés da Cruz, Nossa Senhora recebe uma missão importante dada por Jesus, de ser a Mãe de todos os viventes. Ele, do alto da Cruz diz ao seu discípulo amado: “Filho, eis aí a tua mãe” e depois diz a Nossa Senhora: “Mulher, eis aí o teu filho”. Ao entregar João a Nossa Senhora, Ele entrega toda a humanidade aos cuidados de Maria.

    Nesse intuito Nossa Senhora nos ensina a ser discípulos até as últimas consequências, até a hora de nossa morte, conforme rezamos na Ave-Maria. Ela é conhecida como a primeira “cristã”, pois conviveu com Jesus e o viu ressuscitado. Ela é a discipula fiel e está presente com Jesus até a hora da Cruz. Ela nos ensina a agirmos da mesma forma que Ela e servirmos Jesus em todos os momentos.

    Nossa Senhora é Mãe, discípula missionária, quando fazemos missão, Ela vai à frente e com o carinho materno abre os caminhos. Por isso, a missão se realiza com o terço na mão. A missão que Nossa Senhora abraçou foi muito grande, ser Mãe do filho de Deus. Ela, ao mesmo modo que todos os profetas que foram chamados por Deus para uma grande missão responde: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”.

    Maria, sinal da igreja, é considerada a nova “Eva”, pois traz em seu ventre o príncipe da paz e aquele que nos regeneraria do pecado original. Ela pisa da cabeça da serpente e essa lhe fere o calcanhar. A humanidade é redimida através do sacrifício de Cristo na Cruz, e isso só foi possível a partir do Sim de Nossa Senhora. Na Bíblia está contida toda a história da salvação, desde o Antigo Testamento até morte e ressurreição de Jesus que com Pentecostes inaugura o tempo da igreja. No livro de Atos dos Apóstolos narra-se o início da Igreja primitiva, a partir do envio missionário do Senhor, por meio do Espírito Santo em Pentecostes, e que Nossa Senhora estava presente.

    Nossa Senhora, sendo discípula missionaria, é aquela que se solidariza com o sofrimento humano. Nas bodas de Caná da Galileia Ela intercede pelo povo que estava sem vinho e diz a eles: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,3-5). Além de que logo após o anjo ter aparecido, Ela sai correndo apressadamente e sente a necessidade de visitar a sua prima e ajudá-la até o momento do parto. Do mesmo modo quando Jesus aparece e envia o Espírito para que eles saíssem em missão, e Ela estava junto, com certeza naquele momento Ela estava consolando o coração dos discípulos e transmitindo a eles a certeza de que Jesus iria cumprir a promessa de ressuscitar dos mortos.

    Maria anima a missão da Igreja e dá coragem aos missionários, isso acontece quando tem as manifestações particulares como em Fátima, Lourdes, Aparecida e tantas outras. Ela encoraja aqueles aos quais aparece para que façam a vontade seu Filho Jesus aqui na terra. Ela aparece normalmente aos humildes do povo para que, através de sua humildade, convençam os poderosos a fazer algo em favor de toda a população. E ainda, pede para que através da oração e piedade dessas pessoas que ela apareceu toda a humanidade volte o coração para Deus.

    Nós veneramos Nossa Senhora, temos um carinho e respeito por Ela, devido ser a Mãe de Jesus. Lembramos de Nossa Senhora por ser Mãe de Jesus, o Filho de Deus.

    Nossa Senhora é a Mãe de todos, independente de religião, pois, conforme dissemos acima, Ela é a Mãe de todos os viventes, principalmente a partir do momento que Jesus a entrega aos cuidados de João e João aos cuidados dela. Por isso, ao longo do Concílio Ecumênico Vaticano II foi falado sobre a importância de Maria, pois o Concílio foi ecumênico, com a presença inclusive de membros de outros credos.

    O Papa São Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, diante de mais de dois mil bispos reunidos em São Pedro declara Maria como “Mãe da Igreja”. Era o encerramento da terceira sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II. São Paulo VI retoma nesse discurso tudo o que era dito sobre Nossa Senhora no último capítulo da Constituição Dogmática Lumen Gentium. O Concílio Ecumênico apresenta uma síntese sobre o lugar que Maria Santíssima ocupa no mistério de Cristo e da Igreja. Não podemos separar a Mãe do Filho, pois onde está a Mãe também está o Filho.

    Compreendamos que Nossa Senhora é nossa Mãe, pois se é Mãe de Jesus e nós somos irmãos de Jesus por meio do batismo ela também é nossa Mãe. Ela é nossa mediadora e mediadora da Igreja, ou seja, Ela leva as nossas necessidades à Deus e intercede por nós, a exemplo das bodas de Caná.

    Convido a tomarem o volume vinte e quatro dessa coleção Cadernos do Concílio Ecumênico Vaticano II em mãos, e ainda ler o capítulo oitavo da Lumen Gentium e aprofundar o tema da coleção cadernos do Concílio que trata sobre a Virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja.

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