Março: mês de acontecimentos importantes ao longo do pontificado de Francisco

Pelo menos três fatos que ocorreram no mês de São José em anos diferentes marcaram o atual papado e a história da Igreja

Nos últimos anos, alguns fatos que marcaram o pontificado de Francisco e já entraram para a história recente da Igreja aconteceram em março de anos diferentes.

Para começar, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa e iniciou o ministério petrino em um mês de março (respectivamente nos dias 13 e 19 de março de 2013).

Era a primeira vez que um representante da América e do hemisfério sul subia ao Trono de Pedro. Foi também a primeira vez que um pontífice adotou o nome “Francisco”, além de ter sido o primeiro Papa jesuíta da história.

Na homilia da Missa solene de início do ministério, o 266.º Sumo Pontífice da Igreja Católica bradou:

“Dou graças ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de começo do ministério petrino na Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência muito rica de significado”.

27 de março de 2020

Francisco enfrentou – e enfrenta- vários desafios como líder da Igreja Católica. Questões internas e outras que nem mesmo ele poderia imaginar. Quem pensaria que o mundo enfrentaria, por exemplo, uma terrível crise provocada por uma pandemia?

Pois isso aconteceu. E, naquele momento, um ato do Santo Padre foi fundamental para reacender a esperança em todo o planeta: a histórica oração pelo fim da pandemia do coronavírus, que aconteceu em 27 de março de 2020.

De fato, o mundo vivia a angústia e a incerteza provocadas pela Covid-19, que foi marcada por medidas de isolamento, quarentena, desemprego, hospitais lotados e muitas mortes.

De forma extraordinária, o Papa Francisco atravessou a Praça São Pedro vazia e chuvosa para rezar e transmitir uma forte mensagem de fé ao mundo.

Naquele cenário desolador, Francisco lembrou o Evangelho de São Marcos, em que Jesus, diante da tempestade, pergunta aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Marcos 4,40).

Os registros daquele momento ainda estão – e permanecerão – na mente de milhões de pessoas.

Ao final do momento de oração, o Papa Francisco invocou a cura, a esperança e o consolo para todo o planeta:

“Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).”

25 de março de 2022

Além da pandemia, o pontificado de Francisco aconteceu concomitantemente a guerras. Entre elas, a invasão russa na Ucrânia.

Depois de um mês do referido conflito, o Papa convocou sacerdotes e bispos do mundo todo a se juntarem a ele na consagração da humanidade, em especial da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria.

É preciso lembrar que a consagração da Rússia foi um pedido de Nossa Senhoravrevelado aos pastorinhos de Fátima.

Segundo a Irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, a consagração tal como Nossa Senhora lhe pediu foi realizada em 1984 por João Paulo II. Porém, muitos se recusaram a aceitar que a consagração da Rússia tivesse, de fato, acontecido.

Para religiosos e especialistas, a consagração feita pelo Papa Francisco foi histórica porque mencionou expressamente a Rússia.

No Ato de Consagração de 25 de março de 2022, Francisco rezou diante da réplica de Fátima na Basílica de São Pedro:

“Ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.”

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