Maranhão e Alagoas estão representados no 30º Encontro para Novos Bispos da CNBB

Nomeados recentemente pelo papa Francisco, bispos de várias regiões do país estão na sede da CNBB, em Brasília (DF) para participar do 30º Encontro para os Novos Bispos, organizado pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Nesta matéria, o portal da CNBB conversa com três deles.

Padre sinodal

Dom Francisco Lima Soares. Crédito: Daniel Flores/CNBB

Dom Francisco Lima Soares é bispo de Carolina (MA). Nomeado pelo papa Francisco em setembro de 2018, o prelado afirmou que tem sido edificante participar da iniciativa promovida pela Conferência. “Aqui nós começamos a aprender, a exercitar o ofício que nos foi confiado”, apontou.

Além das responsabilidades de sua diocese, dom Francisco ainda tem um grande desafio pela frente, que é o de ser um padre sinodal, tendo em vista sua participação no próximo Sínodo dos Bispos, a ser realizado em outubro próximo. “Como Padre Sinodal ainda tenho a felicidade de apresentar documentos sobre a Pastoral da Cidade e a Cultura Urbana, para fazer a defesa do documento oficial lá diante do papa Francisco”, diz.

Convocado pelo papa Francisco, o Sínodo para a Amazônia foi um apelo do Santo Padre para à realidade da Pan-Amazônia. O objetivo principal de sua convocação é identificar novos caminhos para a evangelização dos povos, especialmente dos indígenas, e também por causa da crise da Floresta Amazônica. Segundo dom Francisco, lá é onde ele terá a oportunidade de falar sobre as questões das contradições urbanas. “É o lugar que precisa levar à santificação, que são desafios quase que contrários dentro da lógica da modernidade”, aponta.

Clima úmido ou seco?

Dom Manoel de Oliveira Filho. Crédito: Daniel Flores/CNBB

Nascido no norte do país, especificamente em Domingos do Capim, no Pará, dom Manoel de Oliveira Filho foi nomeado em dezembro de 2018, para a diocese de Palmeira dos Índios, em Alagoas. O grande desafio considerado por ele nessa nova caminhada é o de conhecer o território ao qual ele irá pastorear. “Eu venho do Norte, da Amazônia, lugar de muita água e vim parar numa realidade de seca, do Nordeste. O desafio para mim nesse momento, além do clima, é o de conhecer o território da minha diocese e seu contexto”, disse.

Para ele, este encontro promovido pela CNBB é uma forma de aprender e de se colocar em convivência com os demais bispos nomeados recentemente. “Na verdade eu pensei que aquele susto [da nomeação] foi só comigo, mas vi que todos aqui também passaram pela mesma situação, então aí a gente vai partilhando essas dores e essas angústias”, falou.

Grande extensão territorial

Dom Evaldo Carvalho dos Santos . Crédito: Daniel Flores/CNBB

Nomeado em fevereiro de 2019 para a diocese de Viana, no Maranhão, dom Evaldo Carvalho dos Santos diz que seus desafios são muitos -,  a começar pela extensão territorial da diocese. O bispo conta que lá há comunidades e paróquias muito distantes umas das outras. “A diocese de Viana é bastante extensa, tem mais de 600 mil habitantes”, afirma o bispo.

Dividida em duas áreas, dom Evaldo salienta que cada uma delas têm seus desafios, e isso inclui problemas ambientais, estruturais, sociais. “Graças a Deus contamos com sacerdotes disponíveis que se colocam à serviço, partilhando a vida e a missão”, diz.

Sobre o encontro, dom Evaldo afirma ser uma oportunidade de conhecer toda a estrutura da Conferência, além dos colegas bispos que também foram nomeados no mesmo período. “O conteúdo do curso oferece aquilo que é importante para quem está começando no ministério episcopal, desde a questão jurídico canônica, pastoral e também sobre o tríplice ministério dos bispos: ensinar, santificar e reger”, garantiu.

 

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