TODAS AS REFLEXÕES
Apresentação, Frei Gustavo Medella
Evangelho de Jo 8,1-11
“5º Domingo da Quaresma”, de Frei Ludovico Garmus
“Não atirar pedras”, de José Antonio Pagola
“Deus joga longe o pecado!”, de Pe Johan Konings
Reflexão em vídeo de Frei Alvaci Mendes da Luz
Frei Gustavo Medella
Na vida todos carregamos pedras. É o peso da existência, o preço da finitude. São nossas contradições, condicionamentos, inconsistências e incoerências. São os esforços que precisamos empreender para garantir o pão de cada dia, para nos tornarmos mais hábeis, competentes, melhores. São as pedras de nossas escolhas sobre as quais plantamos nosso projeto de vida. Pedras. Todos as carregamos…
E, se o poeta lembra: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”, cabe recordarmos também que a pedra que edifica é a mesma que machuca, fere e mata quando atirada com este fim ou, às vezes, quando lançada ao léu, sem responsabilidade.
No Evangelho deste fim de semana, doutores da lei e fariseus quiseram depor o peso de suas pedras sobre a pobre mulher, desafortunadamente flagrada em adultério. Os corações adulterados pela hipocrisia, pela frieza e pela observância estéril de um preceito queriam dar um destino precipitado às pedras de condenação que traziam. E mais, queriam envolver Jesus na trama malvada de suas inconsistências.
O Mestre, partícipe por natureza da Sabedoria Divina, não se deixou levar pelo grito e pela euforia da massa. Ao contrário, colocou cada um no seu lugar, como quem dissesse: “Cada um trate de carregar com responsabilidade as pedras e pesos da própria existência. Parem de condenar outros e de tentar extinguir do lado de fora o mal que cada um carrega dentro de si”. Creio ter sido este o choque provocado nos ouvintes ao se depararem com a sentença: “Quem de vós não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. E a turma se retirou, talvez para tentar dar um fim mais construtivo às pedras que traziam.
Quanto à mulher, Jesus também não a deixou ir embora sem uma provocação. Pediu a ela que buscasse dirigir a própria vida num caminho de realização plena, construindo uma história livre das amarras do pecado.
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Fonte: Franciscano