Líbia, massacre jihadistas em centro de recrutamento, 74 mortos

Quinta-feira sangrenta na Líbia. Enquanto as forças ligadas ao autoproclamado Estado Islâmico colocaram sobre pressão a área rica em petróleo de Sirte, causando vítimas e o incêndio de vários depósitos de petróleo, um grave atentado causou a morte de oitenta policiais em Zliten. Falta até ao momento uma reivindicação do gesto, apesar de uma agência ligada ao Estado Islâmico tenha falado de “operação martírio”.

Eram oito horas da manhã e centenas de recrutas da Guarda costeira da Líbia se encontravam em frente à entrada do Centro de Zliten – 60 km de Misurata – onde estão concluindo a sua formação. O massacre se consumiu em poucos momentos. Um caminhão cheio de dinamite, conduzido por um kamikaze, lançou-se sobre o grupo. A explosão foi terrível e atingiu em cheio os recrutas, muitos ficaram sob os escombros do centro: em 74 perderam a vida no local ou pouco depois no hospital; mais de 200 os feridos.

Não há reivindicações “oficiais” do ataque, mas a rede de propaganda “Aamaq”, ligada ao Estado Islâmico, define o gesto “uma operação de martírio”.

Uma condenação “nos termos mais duros” foi tuitada pouco depois pelo enviado especial da ONU para a Líbia, Martin Kobler.

O massacre de Zliten se insere no cenário de instabilidade da área costeira líbica, a chamada “meia-lua petrolíefera” de Sirte. Durante dias, os jihadistas travaram batalhas que levaram ao incêndio de sete cisternas petrolíferas e a morte de alguns agentes de segurança. Também na noite desta quinta-feira um carro-bomba explodiu perto de um posto de controle em Ras Lanuf, matando dois soldados e um civil.

Fonte: Rádio Vaticano

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