Jesus é o caminho que conduz ao Pai!

    Iniciamos mais um mês. O mês de Maio é o mês mariano por excelência. Precisamos reforçar a urgência da récita do Terço diariamente em nossas casas, famílias, comunidades, no ônibus, no trem, no metrô e em todos os ambientes. Mesmo antes das missas de domingo, seria oportuno rezar o terço em comunidade.

    A liturgia do 5º Domingo da Páscoa convida-nos a refletir sobre a Igreja – a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros continuam o “caminho” de Jesus, dando testemunho do projeto de Deus no mundo, na entrega a Deus e no amor aos homens.

    O Evangelho(Jo 14,1-12) define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se homens novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito. Dentro do discurso de despedida de Jesus, que ao mesmo tempo é um discurso do futuro, das futuras relações entre a comunidade discipular e o seu Senhor. Depois da ressurreição, guiados pelo Espírito Santo, dado em Pentecostes, todos que creem em Jesus poderão, como Ele, viver em intimidade com o Pai. Poderão continuar a sua missão nesta vida, trilhando o Caminho (Jesus), vivendo a Verdade (Jesus), para alcançar a Vida (Jesus), para, enfim, chegar definitivamente ao Pai, por Jesus.

    Jesus prepara os seus discípulos para que não se perturbem na hora de seu afastamento. O Mestre procura revelar o sentido de sua morte, que não consiste em abandono, mas no regresso ao Pai. Ele se apresenta como o caminho que conduz ao Pai. Como a verdade, o meio pelo qual o Pai é conhecido, como a vida que provém da comunhão com o Pai.

    Jesus é o caminho que conduz ao Pai! Apesar do que acontecerá com Jesus, traição, negação e cruz, o amor jamais acabará. Por isso, nenhum discípulo de Jesus pode estar perturbado. Percorrendo caminhos de sofrimento, tensões sociais, políticas e, sobretudo, existenciais, preparemo-nos para a Jerusalém celeste, nossa Pátria definitiva. Que o Espírito Santo, que delicadamente conduz a história, nos impulsione, como comunidade eclesial, a viver a alegria, a verdade, a justiça e a paz!

    A primeira leitura (At 6,1-7) apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de Deus” (Igreja): é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos; é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons a serviço dos irmãos; e é uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força para ser testemunha de Jesus na história. Esta leitura apresenta um motivo de unidade e multiplicação dos ministérios, próprios da missão da Igreja. Quando alguns começaram a se queixar dos outros, os apóstolos reuniram todos os discípulos e, pela ação e docilidade ao Espírito Santo, decidiram escolher sete diáconos – servidores – para exercer a missão de acolher e cuidar dos pobres. Assim, uns se dedicariam à pregação da Palavra de Deus e outros à assistência aos mais desvalidos. Duas facetas da missão única da Igreja enviada ao mundo inteiro por Jesus Nosso Senhor!

    A segunda leitura (1Pd 2,4-9) também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.

    A Igreja, apesar das perseguições e dos descréditos, deve manter-se animada e fiel à sua identidade de nação santa e de sacerdote do Reino.

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