Jesus anima e sustenta a comunidade

    O Apocalipse é o livro da esperança. O texto do segundo domingo da Páscoa pertence à primeira parte do livro e pode trazer como título “A experiência do Cristo ressuscitado”.
    O autor sente-se profundamente solidário com os cristãos aos quais se dirige. O seu testemunho o leva ao exílio em Patmos. E então ele relata a experiência que fez, por meio do Espírito, de Cristo Ressuscitado. Essa experiência se dá no dia do Senhor, exatamente no dia em que as comunidades se reúnem.
    Ele conta a visão que teve e a sua reação foi cair por terra como morto, mas Jesus, investido do poder de Deus, o conforta. A expressão “não tenha medo” sintetiza todas as etapas da história em que as pessoas se sentiram fracas e ameaçadas de morte: em todas essas etapas, Deus esteve presente, confortando e fortalecendo. Essa mensagem de confiança é dirigida a João e, por extensão a todas as comunidades que vivem situações semelhantes. O motivo de confiança é expresso na auto apresentação de Jesus: Ele é o Senhor da história aquele que, por sua ressurreição, possui a plenitude da vida, A morte não tem mais poder sobre Ele. Ele pode, da morte, tirar a vida.
    A intenção da São João é escrever aquilo que está acontecendo e aquilo que vai acontecer para que as comunidades possam se sentir fortalecidas, animadas e capazes de resistir profeticamente, transformando a sociedade corrupta em Nova Jerusalém, esposa do Cordeiro.
    As características da comunidade dos Atos dos Apóstolos são a união de sentimentos e a solidariedade com os marginalizados. Assim, ela prolonga a ação de Jesus. E São João quis avivar esses sentimentos para combater a desesperança que estava se apoderando dos cristãos. Ele quis que sentissem que Jesus está vivo e é a nossa força. Nossas comunidades precisam se lembrar disto, principalmente diante das dificuldades.

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