Irmã Maria Inês é reeleita presidente da CRB

Resultado expressivo saiu em prévia das votações

A irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, atual presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) foi reconduzida ao cargo, durante a 24ª Assembleia Geral da entidade, que acontece em Brasília (DF), de 11 a 15 de julho. O resultado da escolha dos mais de 600 religiosos que participam do evento saiu na segunda prévia.

Os mediadores da assembleia perguntaram aos participantes se poderiam declarar irmã Maria Inês eleita, uma vez que a religiosa havia conquistado 94% dos votos na prévia. A sugestão foi aceita com festa pelos presentes.

Irmã Maria Inês foi eleita, em 2013, vice-presidente da CRB. Em junho de 2014, assumiu o cargo de presidente como substituta do irmão Paulo Petry, que fora eleito conselheiro geral para a Região Latino-americana e Caribenha da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas). Agora, seguirá no mandato até 2019.

Abraçar as grandes causas

Em um rápido pronunciamento, após o anúncio de sua reeleição, irmã Maria Inês afirmou que deseja viver a proposta do Ano da Vida Consagrada, encerrado em fevereiro deste ano, de “abraçar o presente com paixão”.

A presidente da CRB destacou que a Conferência dos Religiosos existe para “abraçar, juntos e juntas, as grandes causas”. “Sozinha, uma congregação pouquinho faz, mas juntos e juntas nós podemos abraçar a causa das minorias, a causa dos pequenos, dos sofredores, dos sem voz e sem vez do país. Essa vida religiosa que podemos considerar pequena e frágil pode fazer muito junto, e é por isso que existimos”, afirmou.

Abertura

A 24ª Assembleia da CRB foi aberta na segunda-feira, 11, com a presença do prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, cardeal João Braz de Aviz; do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (CMOVIC) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler; e das presidentes da Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS), Aparecida Guadalupe, e do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Marilza Schiuna.

O cardeal Braz de Aviz trouxe ao evento “as bênçãos do papa Francisco” e as saudações do secretário da Congregação, dom José Carballo. O prefeito disse, também, que traz para os religiosos o calor humano, fruto da convivência com os consagrados em todos estes anos de trabalho. “Estamos aprendendo a não trabalhar somente com papéis. Mas como sempre nos recorda papa Francisco, precisamos aprender a ir para além do burocrático, do jurídico. A pessoa é mais importante. Estamos aprendendo a crescer neste sentido”.

Dom Jaime Spengler demonstrou alegria em poder participar do evento que considerou “expressão bonita da vida da Igreja que é a Vida Religiosa”. O presidente da CMOVIC ressaltou, ainda, que “a Igreja do Brasil deve tanto à Vida Religiosa Consagrada que a história da Igreja no Brasil deveria ser escrita a partir do olhar dos consagrados”.

Lembrando o lema da Assembleia – “Eis que estou fazendo uma coisa nova” (Is 43, 19) -, dom Jaime enfatizou que a mudança de época apresenta grandes desafios e, entre eles, o de fazer novas todas as coisas. “Só o discernimento nos ajudará a responder aos desafios da época sem perder de vista o Evangelho de Jesus, e Jesus crucificado e ressuscitado”, refletiu.

A presidente da CNIS, Aparecida Guadalupe, agradeceu à CRB o trabalho realizado no último triênio e ressaltou que a Conferência sempre esteve próxima e caminhou junto a instituições afins, desejando que essa perspectiva continue.

Para a presidente do CNLB, Marilza Schiuna, “os religiosos e os leigos fazem uma grande diferença nessa sociedade”. “O mundo está em constante processo de transformação e cabe a nós estabelecer discernimento e buscar pistas de ação. Precisamos acolher a exemplo de Jesus e bem fazemos isso em todos os rincões e recantos onde a nossa esperança alcança”, afirmou. Marilza também acenou para o momento político atual do Brasil e o considera um apelo à Igreja e à Vida Consagrada e Leiga. “Temos um grande desafio de reestabelecer a ordem desse pais como cristãos e cristãs”, exortou.

Programação

Nesta quarta-feira já houve uma mesa sobre “Vida Religiosa Consagrada em processo de transformação: esperança e caminhos em tempos de Francisco”, apresentada pelo irmão Afonso Murad, pela irmã Annette Havenne e por representantes das Novas Gerações de Consagrados. O cronograma ainda prevê exposição sobre a Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), questões administrativas, trabalhos em grupos sobre Horizontes e Prioridades para o triênio 2016-2019, além de apresentação de projetos como a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), Rede um Grito pela Vida e Viva a Solidariedade. Às 18 horas, haverá Celebração dos Mártires da Vida Religiosa Consagrada do Brasil.

Com informações e fotos da CRB Nacional

 

Fonte: CNBB

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