Iniciada restauração do Sepulcro de Jesus

Os trabalhos de restauração do túmulo de Jesus na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, tiveram início com a conclusão das celebrações da Páscoa Ortodoxa.

Dois técnicos – refere o site da Custódia da Terra Santa – fizeram alguns levantamentos com laser no local e no último domingo, a Edícula onde está o Sepulcro, sofreu a sua primeira mudança visível.

Na sua entrada foi instalada uma espécie de espaço de segurança, por onde poderão transitar os peregrinos.

Em entrevista concedida ao Terrasanta.net, a coordenadora científica da restauração, a engenheira química Antonia Maropoulou, explicou que os trabalhos deverão ser efetuados durante o dia e à noite, ou seja, durante 24 horas.

De dia serão realizadas atividades que permitam a continuidade das devoções e na parte da noite, os trabalhos mais pesados, que preveem o fechamento do Sepulcro. Ao mesmo tempo, foi montado na galeria franciscana um laboratório que permitirá a uma parte da equipe realizar trabalhos durante o dia.

Ação das intempéries

Os trabalhos de restauração fizeram-se necessários já que por decênios a cúpula sobre o Sepulcro permaneceu aberta à mercê das intempéries, que danificaram a estrutura da edícula que envolve o Sepulcro e os materiais com que foi construída. A isto soma-se um incêndio, em 1808 e um terremoto, em 1927.

As intervenções foram possíveis graças ao acordo assinado em 22 de março deste ano pelas três Igrejas que custodiam o local: Grega, Latina e Armênia. Os trabalhos foram então confiados ao Politécnico de Atenas.

Organização dos trabalhos

Não é ainda possível prever uma data para a conclusão dos trabalhos, afirmou a Prof. Maropoulou, mesmo porque, antes deve ser completada a “fase piloto” que pretende ter uma compreensão em profundidade dos problemas do local.

“O objetivo é o de reforçar a estrutura da edícula – ilustra a coordenadora científica dos trabalhos – passando pelo desmanche das lajes de mármore que a recobrem, a limpeza dos materiais, a consolidação das paredes da época cruzada e a restauração delas com materiais compatíveis com aqueles antigos”.

Equipe de trabalho

Os trabalhos de restauração envolvem cerca de 70 pessoas, entre pedreiros e marmoristas vindos da Acrópole de Atenas, operários especializados em restauração vindos da Grécia, dois membros do Ministério da Cultura grego, operários locais e 27 membros entre arquitetos e especialistas do Politécnico Nacional de Atenas.

Cada uma das Igrejas responsável pela custódia do local nomeou os próprios peritos para avaliar e acompanhar as intervenções.

 

Fonte: Rádio Vaticano

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