Incêndios: Cáritas quer devolver as casas às pessoas depois da ajuda de emergência

Já foram identificadas mais de 20 habitações destruídas e várias fábricas ligadas à indústria da madeira

Lisboa, 19 jun 2017 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa disse à Agência Ecclesia que a instituição está comprometida com a “urgência de devolver a casa às pessoas” depois da campanha de recolha de roupa, durante esta segunda-feira.

“Queremos transparência e rigor, mas nada de burocracia e vamos insistir para que nada obstaculize a urgência de devolver a casa às pessoas”, afirmou Eugénio Fonseca, referindo que há já a identificação de mais de 20 casas destruídas e várias fábricas ligadas á indústria da madeira.

O presidente da Cáritas Portuguesa visitou este domingo as zonas atingidas pelos incêndios, em Pedrógão Grande, com o presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, onde se encontrou membros do governo e com responsáveis autárquicos.

Eugénio Fonseca adiantou que a reconstrução das casas ardidas vai envolver as câmaras municipais, nomeadamente na elaboração de projetos e licenciamentos, as seguradoras dos imóveis, caso existam, e a reconstrução é assegurada pela Cáritas Portuguesa com os donativos recolhidos pela campanha ‘Cáritas com Portugal abraça vítimas dos incêndios’.

A conta ‘Cáritas com Portugal abraça vítimas dos incêndios’ tem o número 0001 200000 730 e o IBAN PT50 0035 0001 00200000 730 54, na Caixa Geral de Depósitos.

“Nós faremos tudo em articulação com o governo, nomeadamente o ministério da Administração interna e do Trabalho Solidariedade e Segurança Social e com as câmaras municipais respetivas”, referiu o presidente da Cáritas Portuguesa.

Em 2016, a campanha ‘Cáritas Ajuda as Vítimas dos Incêndios em Portugal’ recolheu 311.856,67, refere a página da internet da Cáritas Portuguesa e foram reconstruídas 2 casas no Sardoal, 4 na Anadia, que vão ser entregues em julho, e 2 em Arouca, a concluir posteriormente, disse Eugénio Fonseca.

Esta segunda-feira, a Cáritas Portuguesa tem em curso uma campanha de recolha de “mantas, atoalhados e roupa de criança para as pessoas que estão desalojadas”.

“Pedimos muito às pessoas que, antes de entregarem, verifiquem as condições deste tipo de vestuário porque não há tempo, nestas circunstâncias, para fazer triagens” das peças a entregar imediatamente a quem precisa.

A Cáritas Portuguesa fez também um donativo de 200 mil euros para a ajuda de emergência, a Cáritas Diocesana de Coimbra 100 mil e a Cáritas Diocesana de Viana do Castelo 5 mil.

Fonte: Agência Ecclesia

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