Imitar os santos: Por onde eu começo?

“7 Santos para 7 virtudes” é um guia para iniciantes e para aqueles mais avançados

O Papa Francisco no domingo, Solenidade de Todos os Santos, falou sobre a vocação comum à santidade, enraizada em nosso batismo. Ele disse que os santos são exemplos a imitar, tanto os canonizados como aqueles “da porta ao lado”, aqueles com quem interagimos em nossa vida cotidiana.

O livro escrito por Jean M. Heimann mostra que imitar os santos é um pouco mais viável.

A obra em inglês “Seven Saints for Seven Virtues” (“Sete Santos para Sete Virtudes”) associa o perfil de sete santos populares a uma virtude específica. Heimann aponta o que é a virtude e como o santo era um modelo da mesma, depois, oferece alguns exemplos de como a virtude pode ser vista no dia a dia. Cada parte do livro termina com um exame sobre como a virtude pode ser praticada e uma oração.

Esta facilidade torna o livro um grande recurso para aqueles que estão começando uma caminhada na vida espiritual ou para aqueles que já a percorrem a um longo tempo, na tentativa de se tornar um desses santos “ao lado”, que o Papa fala.

No contexto do Dia de Todos os Santos, Zenit pediu a Heimann para contar um pouco mais sobre seu livro:

ZENIT: Como e por que você escolheu esses sete santos?

Heimann: Antes de começar Seven Saints for Seven Virtues, eu rezei sobre os santos que eu deveria escrever, conduzida pelo Espírito Santo. Eu também tenho uma relação pessoal com os santos que eu cito no livro, ou seja, me comunico com eles em minhas orações diárias e peço-lhes que intercedam em situações específicas. Estes santos possuem as sete virtudes celestiais que estão em oposição aos sete pecados capitais, que eu discuto no livro. Eles são, na verdade, modelos heroicos das virtudes.

Os santos e as suas virtudes incluem: Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá – caridade; Santa Agnes- castidade; São João Paulo II- diligencia; São Jose- humildade; Santa Catarina de Siena- bondade; Santa Monica- paciência; Santo Agostinho- temperança.

ZENIT: Qual é o papel da devoção aos santos na sua própria vida de fé?

Heimann: Como a caçula de sete irmãos, eu cresci aprendendo sobre os santos do livro Lives of the Saints, da minha mãe, que foi lindamente ilustrado com desenhos coloridos de cada santo. Eles eram muito especiais para mim – mais bonitos do que a realeza e mais talentosos do que os super-heróis. Eu logo aprendi por que eles eram tão especiais e exatamente o que eram seus dons; no entanto, voltei a viver a fé depois de 15 anos afastada, quando descobri o verdadeiro poder dos santos, um presente que nos coloca mais perto do coração de Jesus.

Eles me inspiraram a buscar a santidade na minha vida e a imitar as suas virtudes para me aproximar de Jesus. Eles são companheiros da minha jornada espiritual, que me animam a combater o bom combate e a perseverar para vencer a corrida. Espero encontrá-los face a face um dia.

Rezo diariamente a ladainha dos santos e peço a intercessão deles por minhas necessidades específicas ou as dos outros. Como isso, tenho testemunhado o poder de intercessão dos santos, nossos queridos amigos no céu, que nos apoiam aqui na terra.

ZENIT: Você tem alguma devoção particular?

Heimann: Uma santa que se tornou uma amiga próximo e poderosa intercessora, ao longo desses anos, é Santa Teresa de Lisieux, que defendia a “pequena via” de realizar as tarefas cotidianas com grande amor para demonstrar o seu amor por Deus e tornar-se santa. A “pequena via” de amor a Deus, de Santa Teresinha, ficou gravada em meu coração na adolescência (sua autobiografia foi leitura obrigatória na escola) e, mais tarde, já adulta, quando escrevi a tese para o meu Master de Artes em Teologia, como estudante de graduação na Universidade de Newman há dois anos. Santa Teresa de Lisieux me ajudou com a tese e também realizou pequenos milagres para mim, como cura de um amigo com um tumor. Ela também me inspirou e me ajudou a escrever o livro – Seven Saints for Seven Virtues – e a publica-lo por meio de uma grande editora católica.

Eu estava rezando uma novena a ela para que, se fosse a vontade de Deus para mim, eu conseguisse publicar este livro, para que as portas se abrissem. Eu escrevi dois livros anteriormente e apesar de terem sido elogiado e a publicação parecia promissora, acabaram sendo rejeitadas pelos editores. Após 10 anos lançando livros em conferências on-line e participando de uma conferência ao vivo, em janeiro de 2014, a minha proposta para Seven Saints for Seven Virtues foi aprovada para publicação pela Servant Books, graças a Santa Teresa de Lisieux.

Apesar de Santa Teresa de Lisieux não estar neste livro, eu escrevo sobre ela no meu próximo livro, Learning to Love with the Saints (Aprendendo a Amar com os Santos), que está programado para ser lançado em 2016.

Jean M. Heimann, M.A em Teologia, é escritora freelance, psicóloga e educadora, palestrante, oblata da Comunidade de S. João e blogueira há 12 anos da Catholic Fire (catholicfire.blogspot.com)

Sete Santos para Sete Virtudes: www.amazon.com/Seven-Saints-Virtues-Jean-Heimann/dp/1616368454

Fonte: Zenit

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