Mais um passo damos neste tempo de penitência, reflexão e oração, onde o Terceiro Domingo da Quaresma nos insere na Lei Deus, sinal da Aliança. A Liturgia nos convida a meditar, entender e vivenciar a Lei que Deus nos deixa como proposta para a conversão e renovação. Tal Lei não tem característica impositiva, mas é vista como um dom, pois a Palavra de Deus espera uma resposta, uma entrega e confiança nas promessas, saindo de um mero formalismo para uma dimensão de diálogo de amor a Deus.
Na Primeira Leitura dada do Livro do Êxodo (Ex 20,1-7), Deus nos oferece os mandamentos que norteiam a nossa caminhada pela vida. Tais mandamentos são essenciais para nossa existência, pois apresenta a melhor maneira da nossa relação com Deus e com os nossos irmãos.
A Segunda Leitura retirada da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1,22-25), o apóstolo nos apresenta uma conversão à lógica de Deus em que a salvação, as eternas alegrias, o amor perpétuo, não estão condicionados a uma linha de poder, autoridade, riqueza, mas totalmente vinculada à lógica da Cruz, pois o amor de entrega, o amor incondicional é “escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos” (cf. 1Cor 1,23).
O Evangelho de João (Jo 2,13-25), Jesus se apresenta como o “Novo Templo”, onde Deus, ao enviar o seu próprio Filho, reafirmar o seu Amor incondicional através dos Ensinamentos e zelo pela Lei. Cristo, ao anunciar o Mandamento do Amor, reafirmar as Leis, testemunha as maravilhas do Altíssimo e, por fim, ao destruir o Templo e reconstruí-lo, nos apresenta que “quem adorar a Deus em espírito e verdade deve fazê-lo em Cristo”, pois somente quem é digno de adoração Aquele que se esvazia para encher os corações de todos.
Certos na oração e reflexão deste Tempo Quaresmal, sejamos verdadeiros seguidores da Luz do Evangelho, em que possamos testemunhar através do cumprimento e observações a Lei de Deus, consequentemente, o Plano de Amor seja realizado através da fiel permanência da total realização do evento salvífico em nós.
Saudações em Cristo!