Igreja/Ensino: Educação Moral e Religiosa Católica arranca com novos manuais

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) preparou novos programas para a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e consequentemente novos manuais que são uma novidade no início do ano letivo 2015-2016.

“São 19 manuais para todo o Ensino Básico e Secundário com as exigências e necessidades dos alunos e das famílias”, explica a coordenadora geral da edição dos manuais.

À Agência ECCLESIA, Cristina Sá Carvalho contextualiza que para este trabalho que não foi um “processo fácil” mas para o qual estavam “bem preparados” no Ensino Básico chamaram professores cujo trabalho já conheciam, que estivessem “atentos ao que se passava na escola” e criaram grupos multidisciplinares.

Por sua vez, no Ensino Secundário o SNEC seguiu o “sistema habitual da construção de manuais” que é uma combinação entre o trabalho de docentes que lecionam há muitos anos a disciplina e outras com o contributo de especialistas.

A coordenadora geral da edição dos manuais de EMRC destacou que também foram acompanhados por três bispos que deram um “contributo inestimável” como “teólogos especializados” para além da “experiência de ensino de EMRC ou filosofia”.

Luís Coelho, autor dos manuais do Primeiro Ciclo do Ensino Básico, revelou que “foi um desafio tremendo” a construção dos quatro manuais pelo tempo e porque o programa tinha “ajustes significativos”.

Os manuais foram construídos a partir das “unidades letivas” e só no fim, do que em cada ano os alunos iam trabalhando, procuram um “título identificativo” que é a “síntese do próprio manual”: “O girassol; O tesouro; O amor; A luz da vida”.

O docente explica, por exemplo, que os alunos “aderem facilmente” à simbologia do girassol, “é simpático”, e este nome foi escolhido porque as quatro unidades do primeiro ano do Primeiro Ciclo do Ensino Básico encaminham para “a alegria; ser bom; ter uma família”.

Luís Coelho adiantou que os alunos terminam o Primeiro Ciclo com uma unidade que introduz ao “significado da Bíblia” para que até ao final do secundário possam “perceber e trabalhar” com a Sagrada Escritura.

Os autores dos manuais tiveram também a preocupação de envolver as famílias com atividades práticas e “não apenas trabalhos de casa, uma ficha”, como: “Cozinhar um bolo, fazer construções tridimensionais”.

Desta forma, pretendem “chegar e mostrar” aos pais que a disciplina “tem lugar na escola e valor significativo” para o futuro e construção da identidade dos próprios alunos.

Por sua vez, o professor Luís Natário, também autor dos manuais, frisa que a partir da experiência de ensino centraram-se nos alunos para tornar os livros “apetecíveis” percebendo que eles “gostam de ter” livros com “muita cor, jogos, labirintos e histórias”.

O docente revela ainda que em cada manual existe uma “turminha” de crianças, “cada uma com “características” próprias, que vão acompanhar o aluno no seu percurso e “pretende que se identifiquem com alguns dos personagens e que estes passem sentimentos”.

Luís Coelho considera que fizeram um bom trabalho “simplificando” os materiais e “tornando-os apetecíveis para alunos e professores”.

“Achamos que a partir de agora os alunos do primeiro ciclo têm manuais possíveis de serem trabalhados e levados a cabo na tarefa de dar aula ao 1.º ciclo”, concluiu o professor de Educação Moral e Religiosa Católica.

Fonte: Agência Ecclesia

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