Tema vai estar no centro da próxima Conferência internacional da Pastoral da Saúde
O Vaticano alertou hoje para o aumento das doenças ligadas à poluição ambiental, um tema que vai estar no centro da próxima Conferência internacional da Pastoral da Saúde, entre os dias 19 e 21 deste mês.
A iniciativa, intitulada ‘A cultura da saúde e do acolhimento ao serviço do homem e do planeta’, foi apresentada em conferência de imprensa pelo arcebispo polaco D. Zygmunt Zimowski, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (Santa Sé).
O responsável falou na necessidade de uma “ecologia do coração” que deve levar a um maior respeito pela vida humana, pelas pessoas e a natureza”, contando para isso com a participação de 600 pessoas, vindas de 60 países, entre teólogos, cientistas, juristas e médicos.
A poucos dias da cimeira de Paris sobre o clima, os ensinamentos da encíclica ‘Laudato si’, do Papa Francisco, que se vai encontrar com os participantes, são o ponto de partida para a reflexão.
“Trata-se de uma pastoral ecológica, baseada na reconciliação do homem consigo mesmo, com a criação, com Deus”, explicou D. Zygmunt Zimowski
Antonio Maria Pasciuto, especialista em medicina ambiental, falou aos jornalistas dos estudos que mostram “efeitos nocivos sobre o ser humano” das alterações provocadas no meio ambiente.
“Estudos clínicos e investigações efetuadas em vários países já demonstraram amplamente como, por exemplo, a Doença de Parkinson e outras patologias neurodegenerativas estão relacionadas com a exposição e contacto com solventes, metais pesados, pesticidas e outros produtos usados na agricultura”, precisou.
A pediatra argentina Lilian Corra referiu-se, por sua vez, aos efeitos da contaminação da água, do ar, do solo e dos alimentos, tida como a causa de uma em cada oito mortes.
“Todos os anos morrem 4,3 milhões de pessoas devido à exposição a ar contaminado dentro das casas e 3,7 milhões por exposição à contaminação do ar exterior”, observou.
Fonte: Agência Ecclesia