IGREJA NO BRASIL UNE-SE EM PRECE E EM GESTOS PELOS FALECIDOS COM A CAMPANHA “É TEMPO DE CUIDAR DA SAUDADE”

Em todo o Brasil, a Igreja esteve unida em prece pelos fiéis defuntos e no gesto de homenagem e cuidado proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para este 2 de novembro. A iniciativa “É tempo de cuidar da saudade” somou-se às celebrações já propostas no calendário litúrgico como uma forma de recordar os que se foram neste ano tão desafiador, por meio do plantio de uma muda de árvore.

Em Belo Horizonte (MG), o arcebispo metropolitano e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, realizou plantio de árvores em três ocasiões. No domingo, plantou oito mudas no sopé da Serra da Piedade. No Dia de Finados, plantou três mudas após a Missa celebrada no bairro Castelo, e, mais tarde, uma na Catedral Cristo Rei.

Foto: arquidiocese de Belo Horizonte (MG)

Durante a Missa no Parque Ursulina Andrade Mello, bairro Castelo, ao lado do padre Júnior Amaral, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, e de pessoas que perderam familiares para a covid-19, dom Walmor afirmou que a Igreja, ao rezar pelos que já faleceram, com o gesto de plantar uma árvore, contempla o mundo com um olhar de vida e de amor. Também demonstrou proximidade às famílias das vítimas do novo coronavírus: “Nossa comunhão e solidariedade às mais de 160 mil famílias enlutadas pela pandemia da covid-19”, disse dom Walmor, rezando para que a dor do luto se converta em esperança e solidariedade.

Sede da CNBB

Em Brasília (DF), o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, presidiu a celebração do Dia de Finados, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência. Participaram da celebração assessores que residem na sede e no Centro Cultural Missionário (CCM), além de alguns colaboradores de atividades essenciais. Ao final da Missa, houve a benção e o plantio da muda de árvore no jardim que recebe o monumento que faz memória dos 300 anos do encontro da imagem da padroeira do Brasil.

Pelo Brasil

Em Minas Gerais, além de dom Walmor, os bispos auxiliares de Belo Horizonte também participaram de celebrações e do plantio de mudas de árvores. O bispo auxiliar dom Vicente Ferreira celebrou a Eucaristia com a comunidade do Córrego do Feijão – distrito de Brumadinho onde uma barragem com rejeitos de mineração se rompeu em 2019. Durante a Missa, fotos das pessoas que perderam a vida na tragédia foram colocadas nos bancos da Igreja Nossa Senhora das Dores. Dom Vicente plantou muda de árvore na comunidade durante a oração pelas almas, em memória dos que morreram pela pandemia e também pela tragédia.

Foto: arquidiocese de Belo Horizonte (MG)

O arcebispo de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros Silva, juntou-se ao mutirão realizado pelos fiéis para o plantio de 150 árvores no bairro José Carlos de Lima, em Montes Claros. Uma das lideranças da iniciativa, que contou com a colaboração de membros de outras igrejas, foi a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Sônia Gomes.

Em Mogi das Cruzes (SP), o bispo diocesano e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, dom Pedro Luiz Stringhinni, plantou no terreno da cúria uma muda de  Cambuci, uma fruta da Mata Atlântica, da região do Alto Tietê e do Vale do Paraíba.

No Ceará, a diocese de Tianguá dedicou 90 mudas aos falecidos por causa da covid-19. Dom Francisco Edimilson Ferreira abençoou as mudas após a missa e realizou o plantio com a presença dos fiéis.

O bispo de Colatina (ES), dom Wladimir Lopes Dias, após a missa de Finados, abençoou as mudas que foram plantadas pela Pastoral da Ecologia da diocese em seguida.

Em Curitiba (PR), alguns colaboradores do Regional Sul 2 da CNBB, junto com dom Amilton Manoel da Silva, bispo de Guarapuava (PR) e secretário do Regional, plantaram 20 árvores de Ipê. Cada árvore representa uma das 18 dioceses e 2 eparquias ucranianas do Paraná.

No Pará, o bispo de Castanhal,  dom Carlos Verzeletti visitou os cemitérios públicos da cidade para abençoar as mudas de árvores e inaugurar o “Bosque Memorial Vivo das Vítimas da Covid-19”. As árvores foram plantadas pelos familiares dos falecidos e também por membros da comunidade, como sinal de que a vida não é tirada, mas transformada. Aqueles que plantaram, assumiram também a responsabilidade de cuidar das mudas até que possam se manter sozinhas. A ação foi desenvolvida pela diocese de Castanhal em parceria com a Prefeitura Municipal, de forma especial, as Secretarias de Agricultura e Saúde.

O arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Zanoni Demettino Castro, plantou duas laranjeiras no quintal da residência episcopal: “Em memória dos irmãos e irmãs falecidos, em memória de minha Mãe, Valdelice Demettino Castro”.

Redes Sociais

Inúmeras ações da campanha também foram partilhadas de diversas partes do país nas redes sociais. Famílias, comunidades paroquiais e religiosas entraram na iniciativa a publicaram no Facebook e no Instagram com a hashtag #cuidardasaudade.

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