Qualquer busca realizada hoje na página inicial de pesquisa do Google encontrará o nome da marca escrito em azulejos de Athos Bulcão, em homenagem pela comemoração do centenário do artista celebrado 2 de julho. Athos Bulcão nasceu no Rio em 1918.
Estimulado pelas irmãs, que o levavam constantemente ao teatro, à ópera e a espetáculos de companhias estrangeiras, ainda jovem, aos 21 anos, deixou o curso de medicina para se dedicar as artes visuais. Naquele ano, Athos foi apresentado a Portinari e se tornou um assitente. Os dois trabalharam juntos no painel São Francisco de Assis na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Em Brasília, capital do Brasil, é possível ver seus azulelos espalhados em vários pontos da cidade unb, aeroporto, parque da cidade, entre outros. Na página da Fundação Athos Bulcão, ele é descrito como “o artista de Brasília”. Alguém cujas ideias foram materializadas em benefício do convívio de quem vivia na capital e, por isso, “carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes”.
Artista completaria 100 anos hoje.
Athos, junto a uma equipe de artistas que sustentam o título de Patrimônio Cultural da Humanidade que Brasília recebeu da Unesco em 1997: Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Burle Marx e Lelé (João Filgueiras Lima).
A parceria com o arquiteto Oscar Niemeyer começou em 1955, quando Athos tinha 37 anos. Dois anos depois, ele integrava a força-tarefa que construía e decorava a nova capital. Não demorou mais que um ano para que ele resolvesse ficar.
Um de seus mais famosos trabalhos pode ser conferido na Igrejinha da 307/308 Sul ou Igreja Nossa Senhora de Fátima, primeiro templo em alvenaria a ser erguido em Brasília, inaugurado em 28 de junho de 1958. Após a pedra fundamental em 26 de outubro de 1957, a igreja foi construída em cem dias, com o objetivo de pagar uma promessa da primeira-dama Sarah Kubitschek, feita para curar sua filha. A capela foi projetada por Oscar Niemeyer e sua arquitetura faz referência a um chapéu de freiras. Em seu interior e na fachada encontram-se azulejos de Athos Bulcão. Os afrescos com bandeirolas e anjos de Alfredo Volpi, cobertos por tinta em uma reforma ocorrida na década de 1960.
Para saber mais://www.fundathos.org.br/
Fonte: CNBB
