Festa da irradiação missionária

    Esta festa tem nome grego: “Epifania”, que quer dizer “manifestação”. Celebramos o dia em que o Filho de Deus e de Maria se manifestou a outros povos da terra, representados pelos Magos do Oriente e deles recebeu homenagem e adoração. Celebramos também a vocação missionária da Igreja.
    Sentimos terror e angústia quando nos perdemos dentro da névoa ou em um túnel ou cova aparentemente sem saída, quando perdemos o ponto de referência. Temores ancestrais e culturais desertam em nós. Sentimo-nos vítimas da falta de sentido. Assim Isaías descreve a situação do mundo, antes da chegada do Messias: “Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos”.
    Mas Deus envia um profeta da graça: o profeta Isaías chama-o de “Mebasser”, que, literalmente, em hebraico quer dizer “mensageiro de alegres notícias”. Esse profeta anuncia o amanhecer da luz e, com ela, da glória ou beleza de Deus sobre Jerusalém. A cidade se converte no vértice do mundo; irradia sua luz para todos os povos da terra. Atraídos por ele, todos se colocam a caminho: em primeiro lugar, os filhos e filhas do povo de Deus, dispersos, desterrados; depois os outros povos. Trazem a Jerusalém a riqueza das nações; chega multidão de camelos, dromedários; trazem incenso, ouro e Deus de Israel: “prostrar-se-ão diante do Senhor todos os povos da terra”.
    Nos Magos, inicialmente se cumpre o mistério oculto de Deus, que o autor da Carta aos Efésios(cf. Ef 3,2-3a.5-6) reconhece que lhe foi revelado: que comecem a crer em Jesus e a agregar-se a seu Corpo, que é a Igreja, homens e mulheres de outros povos da terra, diferente do povo judeu.
    Hoje também assistimos ao maravilhoso desdobramento da fé em Jesus em todo o mundo. Mulheres e homens de todas as raças – agora especialmente na Ásia e na África, sentem-se iluminados por Jesus, por sua estrela.  Por sua vez, aquelas pessoas das quais se poderia esperar uma maior adesão de fé e o compromisso, mostram-se céticas e frias, inclusive hostis, como aconteceu também com as autoridades religiosas e políticas de Jerusalém, quando foram visitadas pelos Magos.

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