Escandalizando os pequeninos

    Não fosse a misericórdia de Deus e a afirmativa de seu Filho de que não saberíamos nem o dia, nem a hora, diria com convicção que os dias finais chegaram. Em nome de uma educação deliberadamente permissiva, movimentos que se dizem de vanguarda chegaram ao extremo de suas prerrogativas ao assumirem agendas de uma educação sem freios, sem moral, sem nada de construtivo para nossas crianças. Não é preciso nem detalhar o conteúdo dessa tal ideologia de gênero, cuja razão vem permeada de um objetivo estritamente avassalador para o conceito de família, que ainda resiste numa sociedade corrompida e assustada com tantos ataques à sua razão de ser. Esse é o objetivo: destruir a família.

    Dar a uma criança de cinco, seis ou dez anos a liberdade de experimentar antes qualquer contato sexual ou libidinoso, seja com parceiros de mesmo ou de sexo oposto, dizendo ser isso uma experiência positiva para seu futuro, suas opções e escolhas, é uma aberração sem limites. Primeiro porque nessa faixa etária (fora da puberdade), nenhuma criança está preocupada ou interessada no assunto. Sequer se despertou para tal e, quando muito, uma leve curiosidade foi lhe incutida frente à deliberada sensualidade que uma sociedade corrompida não se preocupa em disfarçar. Escandalizam muitos dos nossos pequeninos sem se darem conta do mal que produzem. Ai de nós!

    O que mais me preocupa, no entanto, é a razão desse movimento demoníaco. Isso mesmo, ação satânica que domina veios políticos, estudantis e até mesmo religiosos. O Diabo está solto… Em nome de liberdade de conduta, da modernidade, de outras balelas mais, agem descaradamente em nossas escolas e redes sociais, semeando não esta, mas a libertinagem pura e simples. Hão de colher seus frutos, mas sem o sabor que almejam. A maçã do Éden agora vem embalada com o celofane dum pecado social amargo e putrefato: macula a pureza e inocência de nossas crianças. Chegamos ao cúmulo de ouvir de um representante político brasileiro (não merece sequer ser citado nominalmente) de que a pedofilia não pode ser considerada crime, pois é uma experiência capaz de construir a “maturidade” de uma criança. Por outro lado, mães de “cabeça aberta”, são capazes de oferecer suas filhas ainda adolescentes para suas primeiras experiências sexuais e aplaudi-las depois cobrando-lhes detalhes da experiência. Assim também, pais que se dizem “modernos”, financiam aos filhos suas primeiras aventuras em casas de “favores sexuais”.

    O cenário de fundo desses fatos é muito mais negro do que ensolarado. Os que planejam uma nova ordem social, sem peias religiosas, moralistas ou tradicionalistas, têm na família um obstáculo de resistência. Destrói-se essa muralha social e tem-se uma massa de manobra muito mais flexível para suas ações de mando e desmando. Quebra-se a espiritualidade e religiosidade de um povo e as imposições políticas perdem o parâmetro da justiça e da igualdade de direitos. Essa é a meta, o cenário ideal para as forças políticas que pensam nos governar. Mas os poderes de Deus estão acima de tudo. Principalmente quando nossas crianças são acolhidas e radicalmente protegidas por Ele, o Homem sem as manchas de nossa podridão, de nossos pecados mais imundos. “Deixai vir a mim as criancinhas”, pois é dela a alegria do Reino, o verdadeiro sistema da governabilidade humana. “Quem acolher em meu nome uma dessas crianças é a mim que estará acolhendo”. Quem proteger a pureza e a inocência de uma criança, estará igualmente reforçando as promessas divinas a seu povo. Colocando Deus em nosso meio. Protegendo o futuro que sonhamos com mais humanidade, não bestialidade, mais justiça, não desgoverno; mais respeito humano, não sadismo e egoísmo. Saiba, pois, diferenciar entre os partidos e candidatos que escolhemos aqueles que, antes dos projetos de poderes sem limites, serão capazes de proteger o maior de nossos predicados humanos, a esperança sempre sintetizada na ingenuidade, na fragilidade, na inocência e na pureza de qualquer criança. Delas ainda depende nosso futuro.

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