Epifania da Misericórdia!

    Logo, no início do ano santo da misericórdia, estamos a celebrara Epifania, em que o Deus Menino é apresentado ao mundo como a luz que deve iluminar todos os povos. Nesse sentido a liturgia nos coloca dentro do espírito da luz que ilumina sobre o mundo que é Jesus: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor” (cf. Is 60,1). Aquela terra, dos nossos pais, que estavam envolvidas em trevas agora são brilhadas pelo Senhor “radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo outro e incenso e proclamando a glória do Senhor” (Cf. Is 60,5-6).
    Na festa da Epifania somos chamados a seguir os passos dos Magos até a periférica Belém para adorar o Senhor: “As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor! ” (Cf. Sl. 71), porque “Eis que veio o Senhor dos Senhores, em suas mãos, o poder e a realeza” (Cf. Ml 3,1; 1Cr 19,12).
    Muitos ainda, infelizmente, continuam ignorando a Jesus. Estes poderiam ainda nestes dias perguntar: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo” (Cf. Mt 2, 2).
    Jesus continua nascendo não mais geograficamente em Belém, mais deve nascer nas periferias de nossas cidades e no aconchego de nosso coração, um coração que deve ser todo de Jesus. Nós, também, somos enviados ao encontro do Redentor: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-Lo”(cf. Mt 2, 8). Mais não queremos matar Jesus, como queria o Rei Herodes. Nós queremos acolhê-Lo, com fraternura e generosidade em nossa vida, seguindo o Seu Evangelho, pregando a sua chamada universal de caridade e de compaixão e oferecendo-lhe, não mais “ouro, incenso e mirra”, mais a nossa vida inteira, a nossa disposição de anunciar o Salvador para que toda a humanidade O reconheça como o Redentor do gênero humano. Assim poderemos mudar costumes negativos! Cristo nos ajuda a acolher a todos! Cristo ilumina com a sua divina luz a todos: santos e pecadores; perfeitos e imperfeitos; todos, absolutamente tantos que estão afastados da Igreja por causa deste rigorismo jurídico, destas perseguições canônicas malditas, destes homens megalomaníacos que se preocupam apenas em fazer obras que mais parecem obras inacabadas de políticos inescrupulosos, destes que camuflam uma santidade que é rota, que é falsa, que é árida, porque esconde a sua perversidade.
    Somos, pela Epifania do Senhor, a chamar, em nome da Santíssima Trindade, todos os homens e mulheres de boa vontade a participarem da herança do Deus Santo, ajudando-nos ser cada vez mais irmãos em Cristo Jesus, nosso Senhor, que vive para sempre na ação amorosa do Espírito Santo.
    Na festa de hoje, o Pai, “revelaste, o mistério de vosso Filho como luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação. Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade” (conferir Prefácio da Missa desta Solenidade).
    A Epifania é a abertura do Reino de Deus para todos, sem distinção, todos, até aqueles que autoridades eclesiásticas sem comunhão profunda com o Papa Francisco teimam em não aceitar. Se Jesus brilha sua luz sobre nós sejamos luz da misericórdia divina e da compaixão da Igreja a tantos quantos querem transpor a porta santa das trevas para a luz que é o Cristo nascido para nos salvar, não para nos dividir! Que Melchior, Belchior e Gaspar nos anime a iluminar o mundo com a Luz que é Cristo, o Senhor!

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