ENCONTRO DE JESUS CRISTO E NOSSA SENHORA, A VIRGEM DO SILÊNCIO

    Ó Encontro, tão doloroso!

    Ó Encontro, já predestinado!

    Ó Encontro, com tantas vozes, gritos de ódio, choros desesperados e angustiados!

    Ó Encontro, dos olhares da Mãe e do Filho, de dores e esperanças!

    Ó Encontro, que o velho Simeão preparou o coração da Mãe ao ver o seu Filho carregando o Pecado do mundo em suas costas! 

             Rememorar o Encontro de Jesus Cristo e sua Mãe, a Virgem Santíssima, na Via Dolorosa da Cruz, nos faz entender todo o caminho que é perpassado para o cumprimento total do Plano da Salvação. Vivenciar a loucura da Cruz, é ter a certeza de que Deus não usa das ações para que os sábios possam entender, mas através da entrega total do Seu Filho Unigênito, depõe-se para o cumprimento do alcance da Salvação a todos que O buscam e acreditam no Amor Incondicional.

             Maria Santíssima, já tinha o seu coração preparado por tamanha dor. Ora, o velho Simeão profetizou a ela quando Cristo era apenas uma criança: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma” (cf. Lucas 2,34b-35). Portanto, a Virgem do Silêncio sabia todo o caminho de dor que Seu Amado Filho iria passar, pelo Sacrifício de morte, e morte de Cruz, afinal “Cristo é nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a).

             “Ele será sinal de contradição”, não forçou uma guerra, não propôs uma batalha para conquistar impérios, reinados. Cristo fez de seus sinais a contradição daquilo que é esperado por aqueles que se dizem líderes. Pois, o Cristo veio ao encontro do diálogo, da misericórdia, a qual podemos afirmar que a fraternidade e o diálogo são compromissos de amor, porque Cristo fez uma unidade daquilo que era dividido” (cf. Texto-base CFE-2021, p.8). Portanto, Jesus usou do contraditório para demonstrar a todos que somente através do amor, da entrega total é que a graça se estabelece.

    Maria sempre sentiu a importância deste ato, afinal “o mistério da Cruz e da Ressurreição garante-nos que o ódio, a violência, o sangue e a morte não têm a última palavra nas vicissitudes humanas. A vitória definitiva é de Cristo e nós devemos voltar a partir d’Ele, se queremos construir para todos um futuro de paz autêntica, de justiça e de solidariedade”. (São João Paulo II). Por isto, embora o silêncio de Nossa Senhora possa ecoar em nosso entendimento como uma reação a dor a qual ela via seu filho passar, este mesmo silêncio demonstra a capacidade da Mãe Santíssima em confiar piamente nos Planos de Deus.

    Ao olharmos este Encontro do Silêncio, sejamos fiéis em vivenciar o Amor que levou a contradição da Cruz em vista da salvação de todos nós. E rezemos fielmente, em adoração, a este momento marcante em favor de nossas vidas:

    “Pela cruz tão oprimido,

    Cai Jesus, desfalecido

    Pela tua salvação

    (…)

    De Maria lacrimosa,

    No Encontro lastimosa

    Vê a imensa compaixão

    Pela Virgem Dolorosa

    Vossa Mãe tão piedosa

    Perdoai-me, meu Jesus”

    Saudações em Cristo!

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