Uma parceria entre a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), a AVSI Brasil e o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) vai garantir a instalação de um centro de acolhida para migrantes e refugiados venezuelanos em Brasília (DF), que chegarão à cidade já com empregos garantidos.
A ação está prevista no Acolhidos por meio do Trabalho, projeto que facilita a interiorização de venezuelanos que estão nos centros de acolhimento em Roraima para cidades brasileiras, onde há oportunidades de trabalho junto a empresas privadas.
O centro de acolhimento ficará sediado em imóvel cedido pela CNBB ao projeto e será gerenciado pelo IMDH, servindo como uma residência temporária para núcleos familiares e indivíduos em sistema rotativo de acolhida, de grupos de até quinze famílias, interiorizadas pelo trabalho, que se revezarão no período não superior de três meses, integrando-se o desenvolvimento de atividades multidisciplinares.
De acordo com o vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva, a realidade da migração entre Venezuela e Brasil continua, por isso é importante cada um fazer a sua parte para acolher essas pessoas. “A falta de emprego, a fome, a insegurança, as enfermidades são para os migrantes um teste de sobrevivência. Porém, os venezuelanos mantêm a esperança de uma nova vida no Brasil; de terem um lugar digno para morar; de conseguirem um trabalho e se integrarem em nossa sociedade”, disse.
O espaço passará por melhorias e está previsto para ser inaugurado no segundo semestre de 2020.
O projeto
O Acolhidos por meio do Trabalho é um projeto implementado pela AVSI Brasil e Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), com o envolvimento da Fundação AVSI e AVSI-USA e financiado pelo Departamento de População, Refugiados e Migração (PRM) do Governo dos Estados Unidos.
Entre as principais ações, o Acolhidos por meio do trabalho prevê a colocação no mercado de trabalho e interiorização de venezuelanos adultos com suas famílias, além da colocação no mercado de trabalho de brasileiros em situação de vulnerabilidade social; e cursos preparatórios vinculados ao mercado de trabalho e de língua portuguesa e formação em direitos e deveres laborais, entre outros aspectos.
Foto de capa: Marcelo Camargo/Divulgação
