Dicas para envolver os adolescentes na oração em família

A melhor dica é garantir que os adolescentes sejam sempre bem-vindos à oração feita em família. Mas não é só isso que os pais devem levar em conta

Adolescência, a idade da construção da identidade adulta. Um passo que, às vezes, envolve a rejeição de certos hábitos dos pais. Alguns inclusive se recusam a rezar com os pais e irmãos. Nesse caso, como você convenceria seus adolescentes a participar da oração em família? Deve-se ser forçá-los a isso?

A relutância dos adolescentes pode vir da simples timidez. Nesse caso, os pais podem convidar o filho para estar ali, presente, sem rezar em voz alta. Fazer um sinal da cruz e apresentar-se em silêncio sob o olhar de Deus também são formas de oração.

O adolescente também pode precisar recuperar o tempo de oração em família. Tudo que promova a vida espiritual do adolescente deve ser desenvolvido, como a escola católica e a catequese. “A vida de fé de um adolescente não deve se restringir à oração familiar”, enfatiza Augustin Bourgue em seu livro Prier en famille, missão impossível? (“Oração em família: missão impossível?”).

Se a vida espiritual do adolescente for alimentada fora de casa, ele gostará de compartilhar sua experiência durante a oração da família, propondo uma canção ou uma parte do Evangelho que ele descobriu em outro contexto, por exemplo.

Junte-se aos seus adolescentes

Os pais devem levar em conta o que seu filho adolescente está passando. Hoje ele não participa da oração da sua família porque está cansado? Sua família pode entender e orar por ele. Esta noite ele não vem orar com sua família porque seu dia foi difícil? Os pais podem, no entanto, convidá-lo a participar da oração e propor que seja simples e rápido naquele dia. O adolescente não deseja participar por causa de uma discussão? Acontece, é temporário.

Para escrever seu livro, o padre Augustin Bourgue beneficiou-se da partilha da experiência de muitas famílias, e diz: “É importante que o adolescente sinta que as suas necessidades são levadas em conta.”

A melhor dica é garantir que eles sejam sempre bem-vindos.

Às vezes, a recusa do adolescente a participar da oração em família vem de um motivo mais profundo: ele pode se perguntar se realmente tem fé ou qual o significado da oração.

Por isso, o padre Augustin Bourgue convida os pais a dedicar um tempo para entender as motivações de seus filhos adolescentes. “Se a atitude do adolescente se originar de questões profundas sobre fé, talvez seja melhor orar sem ele no início – e orar por ele! Discuta com ele em outro momento”.

Ele também aconselha: “Melhor simplesmente perguntar ao seu filho do que imaginar e fazer filmes sobre os motivos de sua atitude. Ao unir-se ao adolescente que sofre, por exemplo, porque tem a sensação de que o Senhor não ouve suas orações, os pais têm a oportunidade de compartilhar o exemplo de sua vida de fé, com suas forças e suas fraquezas.”

Enfim, a melhor dica para que os adolescentes participem da oração feita em família é garantir que sejam sempre bem-vindos, mesmo que não compareçam há muito tempo, mesmo que o dia tenha sido difícil, mesmo que haja tensões em certos relacionamentos, mesmo que a dúvida tente se infiltrar.

Como o pai do filho pródigo, os pais devem manter os braços abertos e estendidos para o filho: rezar é sempre possível, sempre acessível e sempre uma nova experiência.

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