Cuidado com os “chatólicos”

“Além de tóxicos, eles contaminam muito facilmente qualquer ambiente eclesiástico”, alerta o pe. José Eduardo de Oliveira

Cuidado com os “chatólicos”, pois, além de tóxicos, eles contaminam muito facilmente qualquer ambiente eclesiástico. Eis alguns sintomas:

– o fulano se converteu ontem, mas já se considera o próprio martelo dos hereges;

– mal conhece o catecismo, mas já se sente habilitado a resolver questões de altíssima teologia ou problemas eclesiais que demandariam um Concílio Ecumênico ou a própria intervenção da Divina Providência, além do decorrer da história;

– o que fazem às escondidas, só Deus sabe, mas são excelentes no policiamento da moral alheia;

– confundem a modéstia com o “démodé”, vestindo-se como se viessem de uma expedição da década de 1940;

– tratam a Igreja como “distribuidora de serviços sacramentais”, chegando 5min atrasados e saindo 5min adiantados, só para não terem a menor chance de viverem qualquer coisa parecida com “comunhão fraterna”;

– consideram-se melhores do que os outros e desprezam sistematicamente quem não compartilha de sua limitada visão de mundo;

– têm imensa dificuldade de obedecer e usam como desculpa a “crise da Igreja” para fazerem a própria vontade;

– adoram grupos e círculos fechados, onde possam se encerrar com outros excêntricos que compartilham de seus mesmos maneirismos e paranóias;

– vivem de sensacionalismo escatológico, assustando os outros com revelações particulares e especulações irresponsáveis sobre o capiroto;

– têm uma devoção feita de exterioridades e manias, mas privada das verdadeiras virtudes, especialmente da caridade sobrenatural e do espírito de serviço;

– são profundamente elitistas, desprezando a pobreza evangélica, sinal característico dos discípulos de Jesus Cristo;

– superestimam os pecados contra a castidade e desprezam os pecados contra a caridade, muito zelosos em vencer debates, escandalizar os simples, e pouco interessados na verdadeira salvação das almas;

– justificam toda agressividade, desde que ungida com uma pretensa defesa da fé, em nome da qual cometem calúnias e difamações, além de muita desonestidade intelectual;

– participam da liturgia como censores, mais preocupados com os eventuais erros cometidos pelo celebrante que com a edificação de sua alma;

– confessam da boca pra fora, sem verdadeiro arrependimento, como se a confissão consistisse apenas na declaração de uma lista de erros, como se fosse uma espécie de “pedágio” para a comunhão;

– são exclusivistas, pretendendo que a sua “versão” do catolicismo seja a única vinculante, ao invés de terem uma mentalidade verdadeiramente “católica”, isto é, universal;

– tem um repertório teológico pífio, mas são extremamente ansiosos para rotular os outros disso ou daquilo, como se tivessem uma espécie de régua católica na manga.

Enfim, esses são apenas alguns dos sinais, mas devem existir muitos e muitos outros.

Pe. José Eduardo de Oliveira, via Facebook

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