Critérios de vida

    Convivemos com tantas ameaças à dignidade da vida humana, e totalmente sem critérios. Não só as pessoas são atingidas, mas também as instituições, as organizações, como é o caso da família. Querem, a todo custo, defender uma liberdade individualista, rechaçando todo tipo de critério de defesa da coletividade, impondo modos subjetivos ameaçadores da ética e da moral.
    A Palavra de Deus apresenta as bem-aventuranças como critérios que asseguram a esperança, respeitam a individualidade e abrem caminhos para uma vida feliz. Criam um estilo de vida em que a pessoa é capaz de enfrentar as situações desastrosas sem perder o equilíbrio e a calma. O apoio é buscado e centrado em Deus e não nas coisas simplesmente materiais e sem base segura.
    Ao fazer referência a critérios positivos, necessários para uma vida realmente feliz, falamos de inúmeros valores totalmente desmoronados nos últimos tempos. Temos uma mídia secular e comandada por pessoas sem escrúpulos afetando a estabilidade da família e da própria sociedade. Todos sofrem com isso, tendo que absorver condicionamentos prejudiciais ao coletivo.
    Parece existir uma verdadeira hostilidade aos valores proclamados por Jesus Cristo, porque eles são exigentes e vão à contramão da nova mentalidade. Viver as bem-aventuranças é ter coragem de enfrentar os sacrifícios e renúncias para solidificar uma prática própria do reino de Deus. Isso exige dos cristãos uma força de perseverança para atingir objetivos de vida em Deus.
    As agressões à cultura se multiplicam a todo instante e com uma abrangência muito grande. Tudo pressiona mudança na história, provoca insegurança e uma crise preocupante. São mudanças que criam superficialidade nos relacionamentos e incapacidade para superar os impasses da modernidade. Causam o perigo da perda de esperança, deixando um vazio quanto às espectativas do futuro.
    A realidade política do Brasil também é preocupante. Reina um corporativismo sem precedentes entre os políticos. Eles passam por cima de valores essenciais para a vida do país. Não é por acaso que a sociedade está indignada com seus dirigentes, porque agem mais preocupados com a própria estabilidade do que com o povo. Colocam em prática o adágio: “O povo é um detalhe”.

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