As Campanhas da Fraternidade (CF) 2019 e 2020 foram objetos de reflexão e encaminhamento dos membros do Conselho Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reunidos em Brasília (DF), na tarde do dia 21 de agosto. Os membros do Conselho Pastoral da CNBB, composto pela presidência, assessores e bispos das Comissões da entidade, fizeram os ajustes finais ao Texto-Base da CF 2019 cujo tema é “Fraternidade e Políticas Públicas”.
O secretário-executivo das Campanhas da Fraternidade, padre Luís Fernando da Silva, apresentou a versão final do texto, ressaltando que a versão apresentada ficou bem melhor após a realização do Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade 2019, em julho deste ano, do qual participaram representantes de 18 regionais da CNBB, bem como autores e especialistas no tema.
O bispo auxiliar de São Luís do Maranhão (MA), dom Esmeraldo Barreto, presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, reforçou a necessidade de o texto aprofundar melhor a relação entre fé e cidadania e sua consequência. “Não se pode amar a Deus e não amar os irmãos e buscar o bem coletivo”, disse. Também foi reforçada a importância de o texto ser objeto de uma boa revisão final, incluindo um olhar sobre as notas, antes da sua publicação prevista para o mês de setembro.
Tema CF 2019 – O Conselho Pastoral também fez uma primeira aproximação para avançar na escolha do tema da CF 2020. A CNBB recebeu sugestões de 6 de seus regionais, três instituições federais, entre elas o Ministério do Trabalho, três organizações não governamentais (ONG’s) e de um grupo de professores da Universidade da Brasília (UnB).
Os temas sugeridos foram migrações, mobilidade urbana, sentido e valorização da vida, aborto, tabaco (câncer de pulmão), acidentes de trabalho, educação, trânsito, família, transtorno no espectro do autismo e saúde comunitária.
Após algumas ponderações, avançou-se para adotar como tema geral “Fraternidade e o sentido/valorização da vida”, restando ainda definir melhor qual o recorte, podendo-se aproveitar, dentro deste tema mais geral, vários outros aspectos sugeridos: mercantilização da vida, aborto, acidentes de trânsito e no trabalho, etc. A definição do tema ainda de forma mais detalhada, bem como qual o seu enfoque ficou postergada para o segundo dia da reunião do Conselho Pastoral, 22 de agosto.
O arcebispo de Brasília e presidente da CNBB lembrou ser necessário, em função da amplitude do tema, sempre ter como orientação aprofundá-lo nas perspectivas pessoal, comunitária e social para que não se perca de vista a construção da fraternidade, o objetivo da cf.
Fonte: CNBB